Chuvas em áreas produtoras americanas impediram um avanço maior da semeadura no país.
Mesmo com números satisfatórios para a safra de soja nos EUA, os preços do grão registraram alta na bolsa de Chicago nesta terça-feira (3/6). Os lotes com vencimento em julho subiram 0,70%, a US$ 10,4075 o bushel.
O cultivo de soja nos EUA chegou a 84% da área esperada para 2025/26, acima dos 77% plantados nesse mesmo período do ano passado e também maior que os 80% da média dos últimos cinco anos, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). A expectativa do mercado, no entanto, era para um plantio de 86%.
Outro dado que ‘decepcionou’ o mercado foi sobre a qualidade das lavouras semeadas. O USDA indicou que 67% das lavouras estão em boas e excelentes condições, versus expectativa de 68%.
As chuvas em excesso em algumas áreas produtoras na última semana podem ter prejudicado o avanço da semeadura americana, como já haviam antecipado analistas.
Milho
Já o milho fechou em leve alta na bolsa. Os papéis do cereal para julho subiram 0,06%, cotados a US$ 4,3850 o bushel.
O milho respondeu com valorização mesmo com plantio adiantado em solos americanos. A semeadura chegou a 93% da área esperada para o ciclo 2025/26, segundo o USDA. Nessa mesma época do ano passado, a semeadura atingia 90% da área, enquanto a média dos últimos cinco anos chega a 93%.
O órgão indicou ainda um aumento nas plantas de milho classificadas com boas e excelentes condições, que na semana passada eram 68% do total plantado, e agora estão em 69%. No ano passado, no entanto, esse índice era de 75%.
Trigo
As cotações do trigo fecharam no campo negativo na bolsa de Chicago, a despeito do início lento na colheita do cereal de inverno nos EUA. Os contratos para julho cederam 0,56%, a US$ 5,36 o bushel.
Ontem, o Departamento de Agricultura americano (USDA) divulgou os primeiros dados de colheita da safra de trigo de inverno no país. O departamento disse que 3% da área foi recolhida, com um atraso em relação aos 5% do ano passado, e em linha com a média plurianual (5).
Já as condições das lavouras melhoraram dois pontos percentuais, com 52% em situação boa e excelente (Globo Rural)