China teve 48% menos soja do Brasil em 2025; opção foi pelos EUA

Com tarifa e guerra comercial entre as duas potências, Brasil passa a ser o foco.

Aproveitando o período da safra americana e o receio das medidas econômicas de Donald Trump, que assumiria em 20 de janeiro, os chineses pisaram no acelerador nas compras de soja dos Estados Unidos nos meses de outubro a dezembro.

O resultado foi que entraram nos portos da China 9,1 milhões de toneladas da oleaginosa de procedência americana nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, um volume 84% acima do de igual período de 2024.

Os dados são da Alfândega Geral da China, relatados pela imprensa americana, e mostram que os chineses já se preparavam por novas imposições de taxas pelo governo Trump. Elas vieram, e a China respondeu com uma taxa de 10%, já em vigor, sobre as compras de soja proveniente dos Estados Unidos.

O Brasil, com pouca soja para oferecer, devido à quebra de safra brasileira em 2024, reduziu a participação nas importações totais da China de 53%, no primeiro bimestre de 2024, para 26% neste ano.

Com a guerra comercial entre as duas potências, a participação brasileira no mercado chinês cresce a partir deste mês. Em plena colheita, o Brasil deverá obter uma safra recorde de 167 milhões de toneladas, 13% a mais do que no período anterior.

Segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a China importará 109 milhões de toneladas nesta safra, abaixo dos 112 milhões de 2023/24. As exportações brasileiras, na avaliação do órgão americano, sobem para 105 milhões de toneladas, e a dos Estados Unidos, para 49,7 milhões.

VBPA

O Valor Bruto da Produção brasileira deverá atingir R$ 1,42 trilhão, conforme estimativas do Ministério da Agricultura. Se concretizado, esse valor supera em 10% o do ano passado.

Esse valor ocorre com queda nos preços, mas com um volume recorde de produção de grãos e de carnes. As lavouras vão render R$ 943,4 bilhões, e a pecuária, R$ 477,4 bilhões.

O valor da soja, com a produção recorde, sobe para R$ 332 bilhões, 9,1% acima do de 2024. O milho, nos cálculos da Agricultura, vai a R$ 149 bilhões, 16% a mais.

Para chegar a esses cálculos, o Ministério da Agricultura considera o volume e os valores médios dos preços de 17 produtos da lavoura e cinco da pecuária (Folha)

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