O fenômeno climático La Niña deve ser de fraca a moderada intensidade este ano. Além disso, começará a atuar somente a partir da primavera no Brasil, e não no inverno, como se previa inicialmente. Para os cafezais brasileiros, isso significa que as chuvas devem chegar já em setembro/outubro, e de forma mais regular.
As informações foram passadas há pouco pelo sócio-fundador da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos, durante o 6º Fórum Técnico Café e Clima da Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé). “Teremos chuva nos cafezais dentro da normalidade”, projetou Santos, com base no comportamento de La Niña, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico e, assim como El Niño – o aquecimento das águas do Pacífico -, influencia o regime global de chuvas.
Por enquanto, La Niña ainda está “neutro”, disse o especialista, e por isso deve incidir mais fortemente só a partir de setembro. “Vamos ter La Niña. Ela vem. Só que virá mais tarde, mais para a primavera do que para o inverno”, prosseguiu. “Muita gente apostou em La Niña de forte intensidade, mas esquece. Será La Niña brando, sem trazer nenhum prejuízo ou algum problema para a safra brasileira.”
Diante desse cenário, com a chuva a partir de setembro, a safra 2024/25 “deverá ter uma florada mais uniforme”, inclusive levando-se em conta o intenso estresse hídrico pelo qual as lavouras de café passaram na safra 2023/24. “As chuvas chegarão um pouco mais tarde. Mas quando chegarem, chegam e não param mais.” (Broadcast)
3 de dezembro de 2024/
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