Recuo no valor do biocombustível perdeu a força, afirma Cepea.
Com o avanço da colheita da cana-de-açúcar, os preços dos seus principais derivados (etanol e açúcar) seguiram em queda na última semana, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). As cotações no exterior também afetaram os valores no mercado brasileiro.
O preço do etanol hidratado registrou a quinta semana consecutiva de baixa. Pesquisadores do Cepea ressaltam, contudo, que o movimento de recuo no valor do biocombustível perdeu a força. Isso porque muitos vendedores estiveram mais firmes nos preços pedidos.
Além disso, chuvas em regiões produtoras dificultaram as atividades agrícolas e, consequentemente, a moagem nas indústrias, contexto que reduziu o volume disponível no spot.
A recente valorização do petróleo no mercado internacional e o aquecimento da demanda, diante da proximidade do feriado desta semana, também deram certa sustentação aos preços do etanol no spot paulista.
De 9 a 13 de junho, o indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou em R$ 2,5404 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), ligeira queda de 0,35% frente ao do período anterior. O anidro registrou o valor de R$ 2,9021 o litro, redução de 1,45% no mesmo comparativo.
Os preços médios do açúcar cristal negociados no mercado spot do estado de São Paulo também seguiram em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, ao longo da semana passada, a pressão veio sobretudo da desvalorização externa.
A oferta do cristal de melhor qualidade segue restrita, e chuvas no início de junho, inclusive, dificultaram a produção. Porém, nem mesmo esse cenário tem dado sustentação aos preços internos do adoçante. Assim, o indicador Cepea/Esalq voltou a operar na casa dos R$ 120 a saca de 50 quilos, patamar que não era verificado desde outubro de 2022 (Globo Rural)