Em relação às importações, houve queda de 22,5% em volume na comparação anual.
O Brasil exportou 111,8 mil toneladas de arroz (base casca) em novembro, com receita de US$ 51,3 milhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior. O volume caiu 20% na comparação com o mesmo período de 2023. Também houve queda na receita, de 9,4%.
Em relação às importações, o Brasil comprou, no mês passado, 75,7 mil toneladas de arroz (base casca), com queda de 22,5% em volume na comparação anual. Houve desembolso de US$ 34,9 milhões, 18,1% menos que em novembro de 2023.
Arroz beneficiado
Do total de exportações no mês, 80,9 mil toneladas foram de arroz beneficiado, com receita correspondente a US$ 36,7 milhões. Em volume, o recuo foi de 12,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior; já em receita, houve aumento de 2,2%.
Os principais destinos das exportações de arroz beneficiado em novembro foram Gâmbia, México, Peru, Estados Unidos, Arábia Saudita, Cabo Verde, Uruguai, Cuba, Israel e Bolívia. Em termos de valor, destaque para o México, para onde foram embarcadas cerca de 16 mil toneladas do cereal, ao preço de US$ 12 mil.
O país está entre os oito mercados prioritários elencados pelo Brazilian Rice — projeto de exportação da Abiarroz em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
“Desde 2020, o Brasil não fazia uma exportação tão relevante para o mercado mexicano de arroz beneficiado. Acreditamos que agora, devido à inflação, devido à nossa qualidade e devido a essa oportunidade, teremos condições de realmente mantermos e solidificarmos esse mercado tão importante para a exportação brasileira de arroz beneficiado”, avalia em nota o diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz, Gustavo Trevisan.
Em outubro deste ano, representantes da Abiarroz estiveram na capital mexicana, participando do Fórum Empresarial México-Brasil, junto à comitiva do presidente Lula. A missão teve por objetivo estreitar as relações entre os países às vésperas da posse da presidente Claudia Sheinbaum.
Na ocasião, a associação que representa a indústria orizícola no Brasil, por meio de uma empresa associada, fez a defesa da manutenção do Paquete Contra la Inflación y la Carestia (Pacic), que prevê isenção de imposto de importação para itens da cesta básica, incluindo o arroz brasileiro, fazendo com que o cereal chegue até 16% mais barato ao México. O pacote ainda está em vigor e a expectativa é que venha a ser renovado.
Acumulado do ano
Em 2024, as exportações de arroz (base casca) caíram 25,7% e atingiram 1,26 milhão de toneladas. A receita com essas vendas chegou a US$ 508,7 milhões e baixa de 15,2%.
Já as importações aumentaram 6,9% e chegaram a 1,45 milhão de toneladas, com dispêndio de US$ 659,22 milhões e baixa de 34,1% (Globo Rural)