Pesquisa da Logicalis mostra também que cresceu a pressão para que os investimentos gerem retorno.
A inteligência artificial (IA) segue entre as prioridades das empresas brasileiras: 83% delas planejam manter ou aumentar os investimentos em IA nos próximos 12 meses. Os dados fazem parte do CIO Report 2025, realizado pela companhia de tecnologia Logicalis. A pesquisa é global, mas as informações sobre o Brasil foram compartilhadas em primeira mão com a Coluna e serão apresentadas ao público na Febraban Tech, feira de tecnologia bancária que será realizada na próxima semana, em São Paulo.
“A Inteligência Artificial deixou de ser uma tendência e se tornou uma necessidade estratégica para as empresas”, disse Fabio Hashimoto, diretor de tecnologia e soluções da Logicalis no Brasil. O levantamento mostra também que apenas 17% das empresas afirmaram que os investimentos em IA devem ser reduzidos nos próximos 12 meses.
Enquanto o uso de IA no mundo corporativo avança, aumenta também a pressão para que os investimentos nesta seara gerem retorno. A pesquisa revela que 84% dos entrevistados avaliam que há uma demanda crescente por retorno destes aportes, “o que reforça a importância de uma estratégia bem estruturada para garantir que a IA gere valor real para os negócios”, segundo Hashimoto. Somente 16% discordam da existência tal pressão.
Maioria tem confiança no que já fez
Nessa linha, 77% das empresas informaram que já tiveram retornos sobre investimentos em IA realizados nos últimos 12 meses, sendo que 21% investiram, mas não obtiveram retorno, e 2% não investiram. A pesquisa mostra ainda que 42% das empresas já têm uma política de IA e 49% estão em processo de implementação. Além disso, 74% têm confiança nos investimentos realizados em IA, sendo que 26% não se sentem totalmente confiantes em investir na área.
A pesquisa da Logicalis foi realizada com 1.000 executivos da área de tecnologias da informação (CIOs, na sigla em inglês) pelo mundo, de empresas com mais de 250 funcionários e envolvimento com transformação digital e computação em nuvem. No Brasil, foram 100 entrevistados (Estadão)