Hedgepoint vê recuperação da safra de cana do Centro-Sul em 2025/26

Plantio em 2024 é, até o momento, menor do que em 2023.

Ainda é cedo para se estabelecer um número para a safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil do ano que vem (ciclo 2025/26), mas a avaliação preliminar da Hedgepoint Global Markets é de uma recuperação frente ao período atual, atingido por seca e mais recentemente por queimadas no principal Estado produtor brasileiro.

“Uma recuperação frente a 2024/25, mas ainda longe do recorde de 2023/24, é um palpite educado para uma visão preliminar de 2025/26, pois ainda é cedo para fazer uma estimativa”, conforme uma apresentação feita nesta terça-feira (10/9) por Lívea Coda, coordenadora de Inteligência de Mercado da empresa de consultoria e gestão de riscos.

A safra 2025/26 do Centro-Sul foi vista em 620 milhões de toneladas, versus 614 milhões de toneladas da temporada atual, enquanto a produção de açúcar foi estimada em 42,5 milhões de toneladas, contra 40,28 milhões no ciclo 2024/25.

Em conferência da Novacana, ela disse o plantio de cana-de-açúcar em 2024 é, até o momento, menor do que em 2023, enquanto a menor área plantada neste ano pode resultar em um canavial mais velho em 2025.

Mas a analista destacou que “fatores ligado à terra podem ser compensados pelo clima favorável, permitindo alguma recuperação” via produtividades, após a seca extrema pela qual passa o centro-sul, que também registrou queimadas em partes dos canaviais paulistas.

A cana também carrega impactos das adversidades climáticas de 2024, mas algumas usinas “estão começando a recuperar áreas anteriormente perdidas para a concorrência da soja em 2020-2021”, notou Coda.

A especialista disse que, após as intempéries, espera-se que as chuvas nos próximos meses estejam próximas ou acima da média. “O clima deve ser favorável, compensando impactos da adversidade do ano anterior”, comentou.

A próxima safra seguiria sendo mais açucareira, com 52% da matéria-prima sendo destinada para o açúcar. Na atual temporada, o “mix” é de 49,1%, impactado pela qualidade da matéria-prima e pelos incêndios. Na previsão anterior, era mais de 50% pró-adoçante (Reuters)

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