Soja, milho e trigo encerram o dia em alta na Bolsa de Chicago

Grãos foram impulsionados por fatores climáticos, cambiais e pelas tensões tarifárias.

Os grãos negociados na Bolsa de Chicago registraram valorização nesta quinta-feira (10/7). Os contratos futuros de soja, milho e trigo encerraram o pregão em alta, impulsionados por fatores climáticos, cambiais e pelas tensões tarifárias.

A soja com entrega para agosto subiu 0,35%, fechando a US$ 10,1250 por bushel. Ao longo do dia, o mercado oscilou, influenciado por fatores externos como a valorização do dólar em relação ao real. A movimentação cambial ocorreu após o governo dos Estados Unidos anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, medida que, segundo a consultoria Granar, acabou por aumentar a competitividade da soja brasileira no mercado internacional. Esse cenário favorece as vendas por parte dos produtores do Brasil, que buscam liberar espaço nos armazéns para a chegada da safrinha de milho.

A ausência de compras chinesas de soja da nova safra norte-americana também foi observada pelo mercado. Tradicionalmente, o mês de julho marca o início da formação de estoques por parte da China, maior importador global da oleaginosa. O relatório semanal das exportações dos EUA, referente ao período de 27 de junho a 3 de julho, foi considerado neutro a levemente positivo, sem registros expressivos de vendas para o país asiático.

O milho, com contratos para setembro, avançou 0,31%, cotado a US$ 3,9925 por bushel. A alta refletiu as incertezas em torno da política comercial dos Estados Unidos. A falta de acordos definitivos com países importadores de grãos gera preocupação entre operadores, especialmente às vésperas de uma safra que pode ser recorde. A Granar avalia que a desvalorização relativa do milho norte-americano o torna mais atrativo no mercado global, enquanto a entrada do milho da safrinha brasileira ocorre de forma mais lenta.

O trigo apresentou a maior alta do dia entre os grãos, com valorização de 1,37% nos contratos para setembro, negociados a US$ 5,5450 por bushel. A recuperação ocorre após recentes quedas, com apoio de compras de oportunidade por parte de investidores e condições climáticas nos Estados Unidos. A lavoura de primavera no norte das Grandes Planícies enfrenta déficit hídrico, e as chuvas previstas para o sul da região podem desacelerar a colheita de inverno. As exportações da região do Mar Negro, abaixo do ritmo esperado, também contribuíram para a valorização.

Ainda segundo a Granar, a imposição de tarifas pelos EUA sobre importações do Brasil e uma eventual retaliação podem impactar o mercado argentino. O Brasil, principal comprador do trigo argentino, abre anualmente uma cota de 750 mil toneladas isentas de tarifas, geralmente aproveitada pelos exportadores norte-americanos. Diante do novo cenário, os Estados Unidos podem perder acesso a esse mercado, em um momento de incerteza sobre a próxima safra brasileira (Globo Rural)

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