Há um sentimento de melhora da safra de café, em relação ao que se previa no ano passado, logo após a florada, afirmou o analista do setor Gil Barabach, no 9º Safras Agri Week, evento anual realizado pela Safras e Mercado, realizado nesta terça-feira (15/4).
Prevista anteriormente em 38,5 milhões de sacas, a produção de café arábica poderá superar os 40 milhões, quando a consultoria terminar o novo levantamento de produção. Já a safra de café conilon, estimada inicialmente em 24,1 milhões de sacas, deverá chegar aos 26 milhões, segundo o analista.
Os preços não devem ter grandes mudanças no curto prazo, principalmente para o café arábica, apesar de o setor estar na boca da safra. O produtor está capitalizado e precisa vender menos sacas para repor custos, uma vez que a relação de troca entre a saca de café e os insumos é favorável ao agricultor.
Se o produtor negocia em ritmo menor, o comprador também está cauteloso, devido a questões financeiras. Uma definição melhor dos preços poderá ocorrer no segundo semestre, quando as perspectivas da próxima safra estiverem mais definidas, afirma Barabach.
A saca de café arábica tem queda de 1,6% neste mês no campo, recuando para R$ 2.481, segundo o Cepea. Já a do café conilon, que está com a colheita mais avançada, caiu para R$ 1.635, uma retração de 16% sobre os valores do final de março.
A pressão do café no bolso do consumidor tem sido grande. Apesar de um ritmo menos acentuado de alta neste mês, o café em pó já acumula alta de 75% nos supermercados nos últimos 12 meses, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) (Folha)