Produtividade ajuda a manter safra de grãos nos EUA na década

Já o Brasil terá aumento do volume produzido e da participação no mercado externo;

Previsões no setor agropecuário são algo um pouco difícil atualmente, em vista de tantos efeitos climáticos e problemas sanitários que se espalham pelo mundo.

O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados) acaba de fazer as tradicionais estimativas do que deverá ocorrer no país uma década à frente.

Com a área de cultivo e de pastagens praticamente delimitada no país, o espaço dedicado às principais culturas caem. A produção, resguardada por um aumento de produtividade, sobe em ritmo lento.

A rentabilidade dentro das fazendas fica abaixo da que o setor vinha obtendo nos anos recentes, e o país terá poucos avanços no mercado externo.

safra 2034/35, comparada à atual, apresentará uma queda de 3% na área de milho e de 1% na de soja. O avanço tecnológico no setor nos próximos anos, no entanto, permitirá ao país elevar em 9% a produtividade do cereal e em 7% a da oleaginosa.

Com isso, a safra de soja avança e atingirá 133 milhões de toneladas, enquanto a de milho subirá para 409 milhões, segundo o Usda.

A renda líquida do produtor estará acima da desta safra, um período de preços baixos, mas inferior à das safras recentes, quando as negociações ocorreram em patamares mais elevados. O milho renderá próximo de US$ 1.000 por hectare; a soja, US$ 880, e o trigo, US$ 400.

Nos cálculos do Usda, os Estados Unidos vão colocar 69 milhões de toneladas de milho no mercado externo na safra 2034, e as exportações de soja serão de 57 milhões. Para a safra atual, a de 2024/25, as estimativas indicam vendas externas de 59 milhões de toneladas de milho e de 50 milhões de soja.

No setor de carnes, a aposta maior dos americanos será no frango e no porco. A produção de frango de 2034 sobe para 23,8 milhões de toneladas, 14% acima da atual. Com evolução ainda maior, a de carne suína será de 16,1 milhões de toneladas, uma alta de 28%.

O rebanho americano, atualmente um dos menores do país em várias décadas, sobe para 91 milhões de cabeças em uma década, mas a produção de carne aumentará apenas 3,5%, somando 12,7 milhões de toneladas.

Os americanos perdem espaço no mercado externo de carne bovina, e as exportações recuam para 1,47 milhão de toneladas, 26% a menos do que neste ano. No setor de frango, haverá um aumento de 15%, e no de carne suína, de 32%. As exportações de carne de frango do país vão a 3,51 milhões de toneladas, e as de carne suína, para 4,3 milhões.

Os números do órgão do governo trazem também indicações para o consumo interno de proteína animal. Em dez anos, o de carne bovina cai 7%, mas o de frango e de carne suína sobe 8% e 5%, respectivamente.

Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil chegará a 2034 com uma produção recorde de 200 milhões de toneladas de soja, bem acima dos 147 milhões atuais. Em uma década, o país vai exportar 131 milhões de toneladas, um volume praticamente igual ao que os Estados Unidos produzirão.

Nas contas do Ministério da Agricultura, a safra brasileira de milho atingirá 153 milhões de toneladas, com possibilidades de exportações de 58 milhões. A produção de soja terá incremento de 35%, e as exportações aumentarão 42% na próxima década. Para o milho, o governo brasileiro estima alta de 32% na produção e de 62% nas exportações (Folha)

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