Produção na safra 2024/25 deve ser de mais de 60% em relação ao último ciclo.
A produção de amendoim da safra 2024/25 deve ser de mais de 1,18 milhão de toneladas, com aumento de 60,3% em comparação à safra anterior, estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O crescimento relevante estimado se justifica pela expansão de área de 10%, e pela produtividade, que deve ser 47% superior.
Segundo a Conab, a produção nacional, que era de 347 mil toneladas na safra 2014/15, atingiu 734 mil toneladas em 2023/24, mesmo em um ano de quebra de safra.
Apesar do crescimento no consumo interno, cerca de 75% da produção total é destinada à exportação, predominantemente em forma de grãos e óleo, segundo a consultoria de agronegócios do Itaú BBA.
Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador global de óleo de amendoim, atrás apenas da Índia. No entanto, estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que o Brasil pode ser o principal exportador de óleo em 2025 e avançar ainda mais na exportação de grãos.
Porém, o Itaú BBA prevê um cenário de diminuição dos preços de exportação neste ano em função das boas safras colhidas pela China, Estados Unidos e Índia. Além disso, a Argentina, um dos maiores exportadores a nível global, está com uma área plantada recorde, o que deve contribuir com o aumento do estoque mundial.
O amendoim é a quarta oleaginosa mais cultivada do mundo e tem sido utilizada por diversos produtores como cultura de rotação nas renovações de canavial, principalmente no Estado de São Paulo, onde a cultura se beneficia do clima, do solo fértil e da infraestrutura industrial e logística. Já em Mato Grosso do Sul, surgiu como uma alternativa à soja que tem tido dificuldades com o clima, principalmente em solos mais arenosos