Em média, cotações recuaram 7% no mês passado.
Os preços mundiais do arroz caíram 7% em janeiro em média e marcaram a maior queda mensal desde julho de 2021, segundo acompanhamento do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) da França. Em janeiro, o índice Osiriz/InfoArroz (IPO) caiu 15,6 pontos, para 222,3 pontos (base 100 = janeiro de 2000), frente a 237,9 pontos em dezembro.
Segundo o centro, o mercado mundial apresenta grandes excedentes de exportação neste momento, enquanto a demanda de importação segue fraca. “Prevemos um retorno dos compradores, como as Filipinas e os países da África Ocidental, mas só daqui a várias semanas”, diz relatório do Cirad.
Por outro lado, países com a Indonésia, cujas importações atingiram níveis recordes em 2024, terão uma demandam muito menor neste ano, porque estão abastecidos.
De acordo com as estatísticas do Cirad, as exportações da Índia podem aumentar 30%, chegando perto do recorde histórico de 22 milhões de toneladas registrado em 2022. “A Tailândia e o Vietnã serão os grandes perdedores dessa nova configuração do mercado, com uma queda de 15% a 20% nas vendas externas, após um ano favorável em 2024, impulsionado pelas restrições nas exportações indianas.”
Diante desse cenário, é provável que os preços globais do arroz permaneçam baixos durante grande parte do ano, com períodos de estabilidade. A entidade prevê que o comércio mundial cresça apenas 1,2% em 2025, na comparação com um aumento de 10% em 2024.
No início de fevereiro, o índice IPO continuava caindo, atingindo 208 pontos, o nível mais baixo desde novembro de 2021 (Globo Rural)
