Desde que a cotação do café bateu recorde na bolsa de Nova York, na primeira quinzena deste mês, os preços agora mostram sinais de fraqueza. Nesta quarta-feira (26/2), os contratos do arábica para maio fecharam em queda de 0,19%, a quinta baixa consecutiva na sessão, com o valor de US$ 3,7520 a libra-peso.
Na avaliação de Vicente Zotti, sócio da Pine Agronegócios, os pilares que sustentaram a alta do café na bolsa agora têm um novo cenário.
“Os especuladores, que seguraram muitas posições compradas, agora começam a desmontar sua aposta na alta dos preços. Aliado a isso, nós temos uma demanda que começa a ser questionada pelos dados de exportação, com a expectativa de um fevereiro com menor volume de vendas”, afirma Zotti.
Com essa sequência de queda nos valores do café, o analista vê um ímpeto maior dos vendedores em participar do mercado, mas as negociações devem seguir paradas, segundo ele.
“Esse movimento de queda mostra que o comprador está fora do jogo. Percebendo esse contexto de chamada de margem, custo de capital, e de fazer o carrego do café, o comprador está vendo que não tem condições de adquirir café neste momento”, observa.
Um ajuste técnico pautou a alta do suco de laranja na bolsa de Nova York. Os contratos do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) com entrega para maio avançaram 1,68%, para US$ 2,9965 a libra-peso.
Os preços se recuperam após uma baixa de 5% na véspera, depois de atingirem o menor valor desde janeiro de 2024.
Cacau
No mercado do cacau em Nova York, investidores seguem se reposicionando depois da forte baixa vista recentemente. Os lotes com entrega para maio fecharam em forte alta, de 4,83%, a US$ 9.230 a tonelada, também pautado após ajustes técnicos.
Açúcar e algodão
Nos negócios do açúcar, os lotes do demerara para maio fecharam em queda de 1,90%, a 19,59 centavos de dólar por libra-peso. Já os papéis do algodão com o mesmo vencimento cederam 0,74%, para 66,87 centavos de dólar a libra-peso (Globo Rural)
