Segunda-feira também foi de preços mais baixos para trigo e milho.
Se na última semana a guerra tarifária mexeu significativamente com o preço dos grãos na bolsa de Chicago, a segunda-feira (14/4) foi marcada por um pregão morno, diante da falta de novidades no cenário geopolítico. O preço da soja fechou em leve baixa, recuo de 0,26%, com o papel para julho, o mais negociado, valendo US$ 10,5025 o bushel.
Apesar de os preços ficarem praticamente estáveis, Luiz Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, afirma que o grande ponto de atenção dos investidores ainda são as tarifas anunciadas por Donald Trump.
“A guerra tarifária chacoalhou o mercado, pois é um fator que mexe com a economia mundial. O sentimento que predomina é o de incerteza, e todo mundo fica ‘travado’ nesse momento. Ninguém quer fazer posições longas, pois não sabe como será o dia de amanhã em meio a esse cenário geopolítico”, observou.
Com a guerra tarifária dominando as atenções do mercado, outras notícias tiveram impacto limitado, como a redução de impostos sobre as exportações de grãos da Argentina.
“O Brasil tem uma grande oferta neste ano, e a safra da Argentina chegará somente depois ao mercado. Além disso, as nossas exportações são muito mais volumosas, por isso não vejo efeito imediato nessa redução dos impostos”, argumentou.
Trigo
O trigo foi a commodity agrícola que mais se desvalorizou na bolsa de Chicago em meio a movimentação dos investidores que optaram por embolsar lucros. Os contratos para maio fecharam em queda de 1,48%, para US$ 5,4750 o bushel.
“Os fundos estavam muito comprados [apostando na alta dos preços] na bolsa e agora querem desmontar posições, principalmente após o USDA [Departamento de Agricultura dos EUA] indicar aumento dos estoques americanos”, disse Luiz Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica.
Milho
O milho fechou a sessão em Chicago com preços em queda após a elevação na véspera. Os lotes para maio, que ainda são os mais líquidos, recuaram 1,07%, negociados a US$ 4,85 o bushel (Globo Rural)