Lula e premiê do Japão firmam compromissos para carne e biocombustíveis

Presidente brasileiro destacou que a “relação entre o Japão e o Brasil mudou de patamar”.

Após décadas de demandas que acabavam sem respostas, o governo de Tóquio finalmente deu o primeiro passo para que o comércio de produtos brasileiros competitivos no mercado internacional, como a carne bovina e o biocombustíveis, entrem no mercado japonês.

A visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, que começou na segunda-feira, acompanhado por cerca de 100 empresários e executivos, resultou na assinatura de quase 90 acordos entre memorandos, acordos e contratos.

Técnicos do Japão vem ao Brasil nos próximos 60 dias para inspeção

“Saio [do país] para dizer aos brasileiros que a relação entre o Japão e o Brasil mudou de patamar”, disse Lula ao fim da declaração para a imprensa no Palácio Akasaka, no centro de Tóquio.

O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, afirmou que vai manter contato com o presidente Lula para que os investimentos japoneses mantenham o fluxo para o Brasil.

As empresas japonesas, desde 2020, realizaram investimentos diretos no Brasil de R$ 44 bilhões, afirmou Ishiba.

A surpresa foi a menção do envio de equipes de técnicos japoneses para colher informações sobre a carne bovina no Brasil. A análise é o primeiro e maior passo para a entrada do produto brasileiro no Japão. A iniciativa seria colocada no texto dos inúmeros memorandos de intenções firmados entre os dois países, mas apareceu com ênfase no discurso do primeiro-ministro, que indica uma postura muito franca do governo de Tóquio.

O Japão também indicou que vai avançar na utilização do biodiesel, uma negociação de mais de dez anos. O combustível tem grande potencial na aviação (Globo Rural)



Brasil fica mais perto de entrar no mercado japonês de biocombustíveis

Uso do combustível faz parte de compromisso do Japão para reduzir a emissão de gás carbônico.

O Japão finalmente concordou em avançar os estudos para utilização de biocombustível brasileiro, uma demanda antiga do governo de Brasília. O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, afirmou que os biocombustíveis de alta qualidade do Brasil e a tecnologia de mobilidade avançada do Japão se complementam de forma perfeita para combater a emissão de carbono.


A declaração fez parte do discurso durante encontro com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio Akasaka, em Tóquio, na noite de quarta-feira, manhã no horário de Brasília.

Antes, o chefe de estado brasileiro havia mencionado que sempre ouvia falar sobre a possibilidade de adição de até 10% de etanol brasileiro na gasolina japonesa, mas que isso nunca se concretizava.

A utilização de biocombustível faz parte há anos de um compromisso do governo de Tóquio para reduzir a emissão de gás carbônico, mas que sempre encontrava resistência das petroleiras japonesas. Uma das características desse segmento é a divisão dos mercados nacionais por duas ou três empresas que precisam gerar lucro através do volume de vendas.

No Japão é possível contar pelo menos 10 grandes empresas do ramo, fora as companhias regionais. Como o lucro por litro é pouco, os observadores preveem que a entrada do etanol brasileiro resultará em corte significativo de ganhos e pode gerar uma onda de fusões e aquisições no segmento japonês.

As negociações envolvem a utilização de etanol brasileiro, primeiro no mercado de combustíveis para avião (Globo Rural)

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