Por Marcus Squier
Saiba o que é importante levar em conta nas estratégias de uso da Inteligência Artificial Generativa.
A rápida ascensão da IA (Inteligência Artificial) generativa vem gerando entusiasmo e apreensão em vários setores da economia e no agro não é diferente. Mas profissionais de marketing e comunicação que atuam nessas agroindústrias, onde se valorizam a tradição e os relacionamentos pessoais, estão começando a lidar com a melhor forma de integrar a IA generativa.
Esses profissionais de agronegócio, biocombustíveis e cooperativas consideram a IA generativa sob uma perspectiva centrada no humano. Ou seja, a IA deve complementar, e não substituir, a criatividade e o discernimento humanos.
Confira como buscar um caminho para a IA generativa que respeite a “centelha divina” insubstituível da inteligência humana presente em cada pessoa:
IA Centrada no Humano: Princípios Fundamentais e Vantagem Competitiva.
Pensar em IA centrada no humano com um conjunto de princípios fundamentais que priorizam o discernimento e a experiência das pessoas.
Pense na IA como uma ferramenta, não como um substituto: A IA deve auxiliar os humanos em suas tarefas, aprimorando a tomada de decisões sem sobrepor-se à intuição humana.
Respeite a sabedoria humana: Os insights únicos e a compreensão detalhada trazidos por profissionais humanos são inestimáveis, especialmente em áreas complexas como agricultura e energia.
Incentive o aprendizado e a exploração: Promover um ambiente de curiosidade e aprendizado contínuo garante que a IA funcione como uma ferramenta de apoio, e não como uma substituição intimidante.
Use a IA de forma ética e transparente: Diretrizes claras e práticas éticas constroem confiança na IA, garantindo sua aplicação responsável em toda a organização.
Use a IA generativa para aumentar a satisfação: Considere usar a IA generativa para ser mais eficiente nessas tarefas, focando seu tempo nas atividades de que você gosta.
Profissionais de marketing devem confiar no conhecimento do setor
Na agricultura/pecuária e na energia, uma abordagem centrada no humano para a IA é crucial, porque esses setores são profundamente complexos; os detalhes realmente importam.
A IA generativa hoje enfrenta dificuldades com as especificidades de culturas, gado e até mesmo com imagens ou descrições de produtores rurais. Para empresas de biocombustíveis ou cooperativas e produção de alimentos, nenhuma fonte pública conhece tanto sobre seus processos ou serviços quanto elas próprias.
A IA generativa deve, nesses casos, ser uma ferramenta complementar.
O profundo entendimento das complexidades do setor representa uma vantagem competitiva, onde o julgamento e experiência humanas proporcionam uma comunicação mais autêntica e eficaz.
Desafios da Integração de IA: Reduzindo as Barreiras
Apesar do potencial da IA, diversas barreiras dificultam sua adoção mais ampla. Os principais desafios incluem:
Falta de educação e treinamento: Muitas organizações têm dificuldades para entender as ferramentas de IA e suas aplicações potenciais.
Pouca conscientização: Existe uma necessidade significativa de conhecimento mais abrangente sobre as capacidades e limitações da IA.
Ausência de estratégia: Sem uma direção estratégica clara, a integração da IA pode parecer assustadora e desarticulada.
Essas barreiras destacam a lacuna entre reconhecer o potencial da IA e usá-la de forma eficaz. Por isso, é preciso encontrar uma ferramenta de IA generativa que possa ajudar com esses problemas, em vez de simplesmente tentar usar IA pelo simples uso.
Passos para Tornar a IA Generativa Centrada no Humano
Desenvolva habilidades de criação de prompts: O uso eficaz da IA generativa depende fortemente de como se interage com a tecnologia. Por isso, é necessário investir tempo em aprender a criar prompts precisos e ricos em contexto que guiem a IA a produzir conteúdos úteis, precisos e envolventes, contando a história do seu setor de forma precisa.
Crie uma política de IA: Estabeleça diretrizes claras para o uso de IA dentro de sua organização, abrangendo considerações éticas, transparência e segurança. Você pode começar com uma política para as pessoas dedicadas ao marketing e comunicação com a ajuda da tecnologia e consultoria jurídica.
Invista em treinamento e educação: À medida que as capacidades da IA evoluem, a educação contínua é crucial. Proporcione oportunidades de aprendizado para que sua equipe se mantenha atualizada sobre as últimas ferramentas de IA e melhores práticas. Isso pode incluir workshops, cursos online, treinamentos internos ou parcerias com um consultor de confiança.
Experimente e aprimore: A IA é uma ferramenta em rápida evolução, e sua integração deve ser um processo iterativo. Incentive sua equipe a testar novas aplicações, aprender com os resultados e ajustar as estratégias conforme necessário para maximizar o impacto da IA nos seus esforços de marketing.
Monitore a produção da IA para consistência e toque humano: O conteúdo gerado por IA pode, muitas vezes, parecer genérico. Certifique-se de que todas as comunicações impulsionadas pela IA mantenham um elemento humano: procure oportunidades de injetar experiências pessoais e ajuste o tom para alinhar com a voz da sua marca.
A ascensão da IA generativa na agricultura, bioenergia e setores rurais é emocionante e desafiadora, mas uma abordagem centrada no humano assegura que a IA enriqueça, e não substitua, a sua expertise. Ao encarar a IA como uma ferramenta de apoio, é possível manter a autenticidade e aproveitar o conhecimento único que o setor tem de si mesmo.
Trata-se de usar a IA para lidar com tarefas mais pesadas — seja refinando conteúdo, gerenciando dados ou simplificando tarefas — enquanto mantém seus insights, criatividade e discernimento em primeiro plano. Investir em aprendizado, estabelecer estratégias claras para IA e manter-se curioso ajudará você a encontrar o equilíbrio certo, criando uma vantagem competitiva fiel à voz e aos valores da sua marca (Marcus Squier é colaborador da Forbes EUA. É CEO da Paulsen, uma agência de marketing no país e faz parte da Forbes Agency Council, comunidade que reúne executivos de agências de relações públicas, estratégia de mídia, criação e publicidade; Forbes)