Balança comercial tem superávit de US$ 5,4 bi em setembro

MDIC afirma que queda nos preços de exportação e na demanda mundial influenciam previsão de resultado anual.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,4 bilhões (R$ 29,4 bi) em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4) pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), que também reduziu sua projeção para o saldo total no fechamento deste ano.

Ao fazer a revisão trimestral de projeções para o ano, o MDIC estimou que a balança comercial fechará 2024 com um saldo positivo de US$ 70,4 bilhões (R$ 384,1 bi), ante previsão anterior de superávit de US$ 79,2 bilhões (R$ 432,2 bi).

Com a piora, o resultado previsto para o ano, se confirmado, ficará 28,9% abaixo do observado em 2023, quando houve superávit de US$ 98,9 bilhões (R$ 539,7 bi).

A projeção considera que o país fechará 2024 com US$ 335,7 bilhões (R$ 1,8 tri) em exportações, contra US$ 345,4 bilhões (R$ 1,9 tri) estimados em julho. A estimativa para as importações ficou em US$ 265,3 bilhões (R$ 1,4 tri), ante US$ 266,2 bilhões (R$ 1,5 tri).

“Temos preços de exportação que foram decrescendo ao longo do ano, e o último dado do volume da demanda mundial mostrava pequena queda, isso influencia o resultado, que mostra agora uma pequena redução na exportação”, afirmou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, ponderando que a variação é considerada pequena.

O superávit registrado em setembro foi 41,6% menor do que o registrado no mesmo mês de 2023, mas veio acima do esperado pelo mercado. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de US$ 4,7 bilhões (R$ 25,6 bi) para o período.

O dado do mês passado é fruto de US$ 28,8 bilhões (R$ 157,1 bi) em exportações, em linha com o observado em setembro de 2023, com quedas em embarques de petróleo, minério de ferro, soja e milho sendo compensados por ganhos em café, açúcares, carne e celulose.

As importações fecharam o mês em US$ 23,4 bilhões (R$ 127,7 bi), crescimento de 20%, com elevações em adubos e fertilizantes, acessórios de veículos e medicamentos (Folha)

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