As cinco variedades de cana IAC mais recentes estarão na Agrishow 2025

O público da Agrishow 2025 poderá conhecer as mais novas variedades de cana-de-açúcar do Programa Cana IAC: IACSP02-1064, IACCTC05-5579, IACCTC06-5732, IACCTC07-7207 e IACCTC08-9052. Além desses novos materiais, outras dez cultivares de destaque nacional estarão plantadas no plot do IAC, de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto, interior paulista, no mesmo espaço onde funciona o Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A IACSP02-1064 apresenta rápido desenvolvimento inicial e tem se destacado em todos os períodos de safra, com utilização industrial bastante longa. “Esta variedade tem excelente estabilidade em praticamente todas as regiões canavieiras do Brasil, além de bom teor de sacarose no início de safra e vigor ao longo dos cortes”, comenta o líder do Programa Cana IAC e diretor-geral do IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell.

Nas regiões mais quentes, como Goiás, Norte e Oeste paulistas, a IACCTC05-5579 tem apresentado excelente performance. “Esse novo material também apresenta elevada população de colmos e longevidade de produtividade ao longo dos cortes”, diz Landell. A IACCTC05-5579 é muito adaptada ao plantio mecânico.

A IACCTC06-5732 destaca-se pelo bom teor de sacarose no início de safra e alta população de colmos, com grande longevidade. É também muito adaptada ao plantio mecânico e seu hábito ereto de crescimento favorece a colheita mecânica.

Com ampla região de adaptação, a IACCTC07-7207 se destaca em todas as áreas canavieiras do Brasil. “Apresenta elevada produção agrícola em diversos cortes em função da elevadíssima população de colmos, aliado a um diâmetro médio”, ressalta Landell. Com porte muito ereto, a IACCTC07-7207 favorece a colheita mecânica e reduz impurezas vegetais.  

A variedade IACCTC08-9052, que tem alto vigor ao longo dos cortes, destaca-se pela elevada produtividade em todos os períodos de safra. Seu pacote tecnológico também envolve intensa adaptação ao plantio mecânico, porte semiereto e boa população de colmos.

Confira outras variedades de cana IAC que estarão na Agrishow 2025:

IACSP93-3046

IACSP95-5000

IACSP95-5094

IACSP97-4039

IACSP01-5503

IACSP04-6007

IACCTC05-2562

IACCTC05-9561

IACCTC06-5732

IACCTC07-8008

Ferramentas eficazes no uso racional da água na agricultura irrigada

Para transferir informações ao público da Agrishow 2025 sobre eficiência e sustentabilidade na agricultura irrigada, o Instituto Agronômico (IAC) irá expor alguns sensores para monitoramento de água no solo e também uma estação meteorológica automática.

Os interessados poderão conhecer as características de cada metodologia e como cada uma pode ajudar a identificar quando e quanto irrigar, além dos cuidados necessários e os desafios existentes quando são usados dados de clima e da planta e como isso pode contribuir no dia a dia.

“O uso da água em lavouras é necessário para o crescimento da planta e para a obtenção de produção, seja essa água proveniente da chuva, seja da irrigação. Importante ressaltar que cerca de 90% dessa água consumida pela planta retorna para a atmosfera na forma limpa”, comenta a pesquisadora e vice-diretora do IAC, Regina Pires.

Ela explica que esse processo de transferência da água-solo-planta-atmosfera é muito dinâmico e por isso requer um monitoramento para acompanhá-lo e obter os melhores resultados com o uso da agricultura irrigada. Esta técnica – adotada com eficiência e critérios técnicos para promover o uso racional da água – contribuirá para aumento da produtividade, segurança alimentar e geração de emprego, renda e melhoria da qualidade de vida da sociedade. “Dentre outros aspectos positivos, aliados ao uso da técnica, deve se ressaltar a contribuição no processo de sucessão familiar, pois torna o meio rural e o interior do Estado atrativo do ponto de vista de oportunidade de crescimento, desafios pela adoção de tecnologias avançadas, bem como o aspecto econômico e financeiro”, diz.

Público da Agrishow poderá conhecer diferenças das funções de adjuvantes e sua importância

“Saber selecionar o adjuvante correto é a base da eficácia e economia proporcionada por esses produtos”, afirma Hamilton Ramos, do IAC.

Por Carla Gomes (MTb 28156) – Assessora de comunicação IAC

Os visitantes da Agrishow terão a oportunidade de entender sobre adjuvantes – produtos que desempenham funções específicas e não genéricas -, como normalmente se difunde no contexto do controle fitossanitário. De acordo com o Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC), os adjuvantes podem ser classificados de acordo com a sua funcionalidade em dois grandes grupos: os Utilitários, que atuam no processo de pulverização, ou seja, entre o tanque e o alvo, e os Potencializadores, que melhoram o desempenho do produto depois que a gota atinge o alvo.

“O entendimento de que adjuvante é algo diferente de um agrotóxico e que auxilia no tratamento fitossanitário trouxe luz ao trabalho de vários pesquisadores que já estudavam a melhor forma de uso e classificação desses produtos”, comenta Hamilton Ramos, pesquisador do IAC responsável por essa área.

Ele explica que os agrotóxicos são ativos mesmo sem o uso dos adjuvantes. Estes, porém, podem potencializar o efeito daqueles. Por isso a adoção do termo Potencializadores. Dentro desses grupos estão as funcionalidades do adjuvante, que são sua forma de ação, como tensoativos, espalhantes, adesionantes, penetrantes, umectantes, redutores da evaporação, tamponantes, quelatizantes e redutores de deriva.

A funcionalidade está relacionada ainda com a química, natureza e qualidade dos componentes. Isso faz com que diferentes formulações de um mesmo produto, como um óleo vegetal, possam levar a resultados diferentes. Apesar de alguns adjuvantes poderem ser multifuncionais, não existe um único adjuvante que possa desempenhar adequadamente todas estas funções.

“Saber selecionar o adjuvante correto é a base da eficácia e economia proporcionada por esses produtos. Para a sua correta identificação, o primeiro passo é analisar o cenário de utilização e entender ‘o que se espera que ele faça’, ou seja, ‘qual funcionalidade deve ser buscada’”, explica.

Por exemplo, é possível usar a seleção de adjuvante para a aplicação de um fungicida. Caso o fungicida tenha ação de proteção, ou seja, se espera que ele forme uma camada de proteção na parte externa da folha, a funcionalidade espalhante vai fazer com que a gota de pulverização cubra uma área maior, melhorando a eficácia.  

O cientista orienta que, por outro lado, caso o produto seja sistêmico e precise penetrar no alvo, como a primeira fase da penetração é passiva e depende da concentração do produto, um elevado espalhamento da gota sobre a folhas reduziria a concentração na parte externa, podendo prejudicar a penetração e, consequentemente, a eficácia.

Para cada situação existem funcionalidades mais adequadas. Todo adjuvante possui pontos fortes e fracos e não adianta conhecer apenas os fortes. “Se um excelente espalhante tem como ponto fraco a elevação da velocidade de evaporação da água, por exemplo, esse fator deve ser considerado no momento de uso do produto com drones, aviões ou turbopulverizadores, que estão mais longe do alvo. Esse ajuste evita prejudicar parâmetros como a deriva e a segurança no uso”, esclarece.

Os adjuvantes são sempre “redutores de” e nunca “anti”, pois esta é uma forma errônea de comunicar ou transmitir a funcionalidade.

 “Há mais de 20 anos desenvolvemos métodos para avaliar individualmente as funcionalidades dos adjuvantes e aplicamos tais métodos a produtos de mercado de empresas parceiras. Com os resultados dessas avaliações, temos construído um banco de dados que está auxiliando no desenvolvimento de padrões de interpretação dos resultados obtidos. É necessário que os critérios e métodos desenvolvidos sejam discutidos entre fabricantes, pesquisadores e usuários dos produtos, de forma coordenada, no âmbito de câmaras técnicas, como a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)”, comenta Ramos.

Ele diz que o objetivo é desenvolver um conjunto de normas que respaldem um Sistema de Certificação para Adjuvantes da Pulverização que, além das funcionalidades, aborde outros itens como toxicidade, transporte e armazenagem.

Esses aspectos, segundo Ramos, são considerados em outros sistemas oficiais, como o de registro de agrotóxicos, e o autorregulados, como o Adjuvant Certification Program do CPDA (Council of Producers & Distributors of Agrotechnology) nos EUA. Para o pesquisador do IAC, o desenvolvimento de um Sistema de Certificação para Adjuvantes da Pulverização evidenciando suas funcionalidades, além de elevar a qualidade dos produtos no mercado, possibilitaria aos profissionais uma recomendação mais técnica para esses produtos, permitindo aproveitar seu lado positivo e ao mesmo tempo adotar cuidados com o lado negativo. “Por parte do produtor, seria importante não só para elevar a eficácia e a economia do tratamento fitossanitário, como também para reduzir prejuízos por meio da limitação do seu uso, da alteração da forma de regulagem e/ou das condições de uso do pulverizador. Por fim, todos são ganhadores dentro deste processo”, afirma.

Outras tecnologias do CEA/IAC na Agrishow

Fórum de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia de Aplicação com Drones

O Projeto Drone SP do IAC/CEA/SAA tem uma parceria com a Fundação Coopercitrus envolvendo coordenação técnica e ensaios de campo. O objetivo é desenvolver parâmetros técnicos de pulverização para o uso de drones na agricultura. Este Fórum de pesquisa terá duração de cinco anos, podendo ser prorrogado.

Neste trabalho, os resultados serão de uso geral e as empresas participantes podem utilizar os dados obtidos no desenvolvimento de protocolos específicos para seus produtos. Vale ressaltar que, a exemplo do Aplique Bem, os resultados deste estudo não serão vinculados a marcas de empresas, equipamentos e/ou produtos.

O Programa Drones SP foca no uso eficaz do equipamento nas pequenas e médias propriedades por meio da geração e da transferência da tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas por drones. O objetivo é gerar informações que colaborem com o aumento da produtividade e rentabilidade.

Programa Aplique Bem do IAC capacita equipe para aplicações com drones e intensifica inspeções de pulverizadores em uso

Equipe percorre toda a fronteira agrícola do Brasil ao longo do ano, com seus laboratórios móveis (Techmoveis)

O Programa Aplique Bem segue se modernizando em seu 18º ano de atividades. Agora com reforço na qualificação de seus profissionais no uso de drones de pulverização e na inspeção da qualidade de pulverizadores agrícolas em uso nas propriedades.

“Pulverizadores bem mantidos e regulados constituem uma das estratégias-chave na proteção de lavouras frente a doenças, pragas e plantas daninhas”, explica Hamilton Ramos, diretor do CEA-IAC e coordenador do programa Aplique Bem.

Ramos afirma que o mais importante é a mudança de comportamento que o Programa leva às propriedades, proporcionando redução de custos na safra, melhor aproveitamento de produtos e ganhos para o ambiente e a saúde ocupacional.

Fruto de uma parceria entre o Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (IAC) e a multinacional UPL, o Aplique Bem objetiva qualificar produtores e aplicadores de agrotóxicos para o uso correto e seguro desses produtos. Nos últimos 18 anos, beneficiou cerca de 90 mil agricultores e chegou também a outros oito países: Burkina Faso, Costa do Marfim, Colômbia, Índia, Mali, Gana, México e Vietnã.

O treinamento é realizado gratuitamente, diretamente em propriedades rurais e sem relação com marcas comerciais ou produtos. 

QUEPIA – Programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura possui o único laboratório do Brasil desta área

O QUEPIA desenvolve pesquisas com parceiros nacionais e internacionais, elabora laudos para fins de emissão de CA pelo Ministério do Trabalho para vestimentas de proteção para aplicadores de agrotóxicos, por meio do Consórcio Internacional de Qualidade de EPI para Aplicadores de Agrotóxicos. O Programa funciona ainda como o braço técnico no desenvolvimento de qualidade desses EPI em países africanos.

Na área de pesquisa, o QUEPIA atua em parceria com quatro países no desenvolvimento de uma vestimenta com proteção e conforto térmico adequados a trabalhadores em pequenas propriedades e em situação de alta exposição. O projeto ainda busca por novos tecidos passíveis de serem usados na confecção de vestimentas de proteção em parceria com fabricantes de tecidos e EPI. Esse Programa é desenvolvido em parceria com fabricantes de vestimentas de proteção para o trabalho com agrotóxicos, desde 2006.

Unidade de Referência CEA-IAC adota Inteligência Artificial para os próximos módulos

Unidade de Referência CEA-IAC, que forma instrutores para aplicadores de agrotóxicos, incorpora Inteligência Artificial (IA) a treinamentos na formulação e na transmissão de conteúdos pedagógicosA IA é treinada para interagir com os profissionais durante o curso. 

A novidade fará parte já dos próximos módulos de treinamentos da Unidade de Referência em Produtos Químicos e Biológicos. Neste novo formato de treinamento da UR o curso passa a atender também empregadores do agronegócio, além de aplicadores de produtos.

 “Nosso modelo de IA está sendo treinado para atender a demandas de diferentes públicos frequentadores dos treinamentos, do agrônomo-instrutor até o trabalhador rural, com linguagem direcionada a cada um deles. A ideia é oferecer ao aluno um rendimento mais interativo. Em um futuro próximo, por exemplo, esperamos reconhecer o grau de escolaridade pela forma como o aluno forma as frases para poder responder de uma forma mais adequada ao entendimento”, destaca.

De acordo com Ramos, a UR detém qualificação para promover capacitação profissional nessa área, com base nas exigências do Decreto nº 10.833/2021 (Programa Aplicador Legal), do Governo Federal. “Esses formatos também estão plenamente sincronizados com a N.R. 31.7 (prevenção de acidentes com defensivos agrícolas), completa.

Resultante de uma parceria entre o CEA-IAC e o setor privado, essa iniciativa visa colaborar para reduzir o déficit de capacitação existente no setor, que em somente de 30% a 40% de aplicadores de agrotóxicos dominam boas práticas de segurança e eficiência na aplicação.

Cerca de 130 instrutores já passaram pelo treinamento e estão aptos a capacitar trabalhadores rurais para a atividade de aplicação de agrotóxicos, como multiplicadores da informação de qualidade obtida junto ao IAC. “No formato EAD, presencial ou semipresencial, a IA ancora programas didáticos específicos, acessíveis a todos os participantes”, comenta Ramos. 

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