Recursos devem alcançar R$ 4,5 bilhões neste ano.
O Ministério dos Transportes prevê elevar os investimentos públicos em 25% para melhorar as condições de escoamento da safra agrícola em 2025. De acordo com a pasta, o volume de R$ 3,6 bilhões do orçamento federal destinados ao setor em 2024 deve alcançar R$ 4,5 bilhões neste ano.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5/2) em evento oficial com a participação dos ministros Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Carlos Fávaro (Agricultura).
Somente no transporte de carga em direção aos portos do Arco Norte, o ministério prevê ampliação dos investimentos de 2 R$ bilhões para 2,6 R$ bilhões. Já no Arco Sul/Sudeste, os recursos públicos devem ser elevados de R$ 1,6 bilhão para R$ 1,9 bilhão.
Entre os investimentos apresentados pelo Ministério dos Transportes está a expansão e melhoria da qualidade de rodovias e ferrovias do país. Os projetos que vão receber os recursos públicos incluem a restauração da BR-135, no Maranhão; a construção do Ponto de Parada e Descanso (PPD) na BR-163, Pará; a duplicação da BR-163, no Mato Grosso, a restauração da BR-158, no Pará, a construção de trechos da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) — entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT) e de Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT).
Na área de concessões de rodovias, o Ministério dos Transportes prevê a contratação de R$ 63,5 bilhões em cinco leilões realizados em 2024 para os chamados “Corredores do Agro”. Os contratos envolvem a seguintes rodovias: BR-060/452/GO, dois trechos das rodovias do Paraná (Lotes 3 e 6), BR-262/MG e BR-040/GO/MG
Para 2025, o governo tem a expectativa de realizar nove leilões em corredores rodoviários da safra.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já anunciou a previsão de o setor do agronegócio brasileiro alcançar este ano o crescimento recorde de 8,3% em relação à safra anterior, totalizando 322,47 milhões de toneladas de grãos. Será um aumento de 24,62 milhões de toneladas em comparação com a safra de 2023/24. Se a previsão se confirmar, este será o maior volume já registrado na história (Globo Rural)
Fávaro minimiza gargalos durante lançamento de Plano de Escoamento
O Governo Federal lançou, nesta quarta-feira (5/2), o Plano de Escoamento da Safra 2024/2025, um programa com iniciativas para aprimorar a logística e a infraestrutura brasileira.
Durante a abertura do evento, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, relembrou seu período como presidente da Aprosoja, em 2012, quando acompanhou o lançamento do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram).
“Fiquei abismado com o tamanho do terminal. Em que lugar do mundo se lança um terminal há 12 anos e ele já está prestes a dobrar de tamanho? Por vezes, falamos que a nossa infraestrutura logística é precária, ruim e ineficiente. Me perdoem, mas isso é uma síndrome de cachorro vira-lata, que a gente não dá a dimensão e valor da força brasileira, de empresários, produção agrícola e construção de obras”, disse.
Fávaro também destacou que o Brasil terá uma supersafra, o que impulsionará o crescimento da infraestrutura. “É a certeza de que o poder público e o empresário podem investir em infraestrutura”.
A expectativa para a safra 2024/2025 é de que o Brasil colha 322,47 milhões de toneladas de grãos, um crescimento recorde de 8,3% em relação à safra anterior, representando um aumento de 24,62 milhões de toneladas na comparação com 2023/2024.
Apesar do avanço na produção, o país encerrou o ano passado com um déficit de armazenagem entre 120 milhões e 130 milhões de toneladas, após uma produção de quase 300 milhões de toneladas em 2023/2024.
Atualmente, o Brasil constrói cerca de 7 milhões de toneladas de capacidade de armazenagem por ano por meio do PCA (Programa de Construção de Armazéns). No entanto, seriam necessários pelo menos 15 milhões de toneladas anuais para acompanhar o crescimento da produção, que avança, em média, 5% ao ano.
Além disso, apenas 16% dos grãos produzidos no país são armazenados nas fazendas, enquanto na Argentina e no Canadá esse percentual chega a 60%, e nos Estados Unidos, a aproximadamente 80% (Money Times)