Frota que faz plantio e pulverização de lavouras só perde para a dos EUA.
O agronegócio fez decolar a aviação agrícola, cuja frota já é quatro vezes maior do que a da Latam, Gol e Azul juntas.
Os negócios —e os valores das aeronaves— são diferentes, mas é no campo que as receitas —e o lucro— dessas aéreas atingiram voo de cruzeiro.
Dados do Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola) mostram que a quantidade de aviões mais que dobrou, passando de 1.300, em 2010, para 2.700 neste ano. Latam, Gol e Azul somam 488.
A aviação agrícola é aquela destinada, por exemplo, à pulverização das lavouras.
O Brasil só perde para os EUA, que possui 3.400 aeronaves do gênero.
O Mato Grosso concentra quase 24% da frota aeroagrícola, seguido pelo Rio Grande do Sul (17%) e Goiás (12%).
No Sul, por exemplo, as empresas faturam entre R$ 3 milhões e R$ 30 milhões por ano. No Centro-Oeste, essa média salta para R$ 200 milhões de faturamento e, segundo o Sindag, é um negócio lucrativo.
Nesta semana, o setor deve movimentar R$ 250 milhões somente durante os três dias do Congresso da Aviação Agrícola do Brasil e do Mercosul.
Segundo o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, na edição do ano passado, o evento girou R$ 120 milhões.
O setor cresce tanto que a Embraer, gigante brasileira da aviação, tem investido mais na produção do Ipanema 203, modelo movido a etanol usado para lançamento de sementes, água e pulverização (Folha)