O excedente é impulsionado por um aumento de 4,2% na produção mundial (197,5 milhões de toneladas).
O mercado global de açúcar terá um superávit de 3,7 milhões de toneladas na safra 2025/26 (outubro a setembro), o maior desde 2017/18, estimou nesta quarta-feira a empresa de serviços financeiros StoneX.
O superávit virá de um aumento da produção mundial de 4,2% para 197,5 milhões de toneladas, em relação ao ciclo anterior, o que tem pressionado os preços globais para mínimas em cinco anos, conforme registros recentes na bolsa ICE.
A StoneX citou o início da safra 2025/26 de açúcar na Índia, segundo produtor e maior consumidor mundial do adoçante, que começou em novembro “com ritmo acelerado” e deverá crescer 23,8% na comparação com o ciclo anterior, para 32,3 milhões de toneladas.
“A entrada desse açúcar no mercado global adiciona oferta relevante em um momento de consumo mais fraco, reforçando nosso cenário de pressão sobre os preços”, disse o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Marcelo Di Bonifácio, em nota.
A StoneX também projeta crescimento na produção do Brasil, maior produtor e exportador global, que deverá produzir cerca de 41 milhões de toneladas.
Neste cenário, a StoneX aponta que os estoques globais devem subir 5%, alcançando 77,3 milhões de toneladas, elevando a relação estoque/uso para 39,9%, patamar próximo da média histórica de 20 anos.
“Esse acúmulo de estoques reforça o atual sentimento baixista no mercado internacional”, acrescentou o relatório (Reuters)
