Por clima, Conab reduz em 0,35% estimativa de safra de cana do Brasil

Problemas climáticos afetaram a colheita que caminha para a fase final no Centro-Sul brasileiro

A safra de cana-de-açúcar do Brasil 2025/26 foi estimada nesta terça-feira (4/11) em 666,45 milhões de toneladas, 0,35% abaixo da projeção divulgada em agosto, com problemas climáticos afetando a colheita que caminha para a fase final no Centro-Sul brasileiro, de acordo com levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Já a safra de cana do Centro-Sul, que responde pela maior parte do total produzido no país, foi estimada em 607,4 milhões de toneladas, queda de 0,39% na comparação com a previsão anterior.

Na comparação com o ciclo anterior (2024/25), a Conab projeta redução de 1,6% para o total produzido no país e uma queda de 1,8% para o Centro-Sul.

“O clima adverso, com restrição hídrica, irregularidades de chuvas e excesso de calor, registrado em fase de desenvolvimento das lavouras, principalmente no Centro-Sul, ainda em 2024 e em parte deste ano, influenciaram a produção da safra de cana-de-açúcar na safra 2025/26”, afirmou a Conab.

A colheita deverá ser realizada em 8,97 milhões de hectares, 2,4% acima da área colhida no ciclo anterior, que não foi capaz de compensar a queda de 3,8% na produtividade média, prevista em 74.259 kg/ha.

A previsão para a safra do Norte/Nordeste é de 59 milhões de toneladas, crescimento de 1,1% ante a safra passada.

A Conab elevou a projeção de produção de açúcar do Centro-Sul e do Brasil para 41,34 milhões e 45,02 milhões de toneladas, respectivamente.

Em termos nacionais, o crescimento anual será de 2%, apontou a Conab, destacando que isso é reflexo do mercado favorável ao adoçante até julho –mais recentemente, usinas do Centro-Sul reduziram o total de cana destinado ao açúcar, alocando mais a matéria-prima para o etanol.

Um crescimento maior na produção de açúcar, acrescentou a Conab, só não acontecerá devido à menor disponibilidade de cana na safra atual.

Para o etanol, a Conab manteve estável a previsão de produção total de etanol (de cana e milho) no Centro-Sul em 33,5 bilhões de litros, o que representaria uma queda de 4,1% na comparação com o ciclo passado.

No Brasil, a produção total foi prevista em 36,16 bilhões de litros, ante 35,74 bilhões na previsão anterior, com recuo anual de 2,8%.

A produção brasileira de etanol só não cairá mais na safra atual porque a fabricação do biocombustível a partir do milho tem sido crescente. A previsão de é crescimento de 22,6% na safra 2025/26, para 9,6 bilhões de litros, à medida que novos projetos e ampliações entram em operação (Reuters)

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