Aumento pode ter sido impulsionado por culturas do Nordeste, diz IBGE.
O número de trabalhadores nos campos de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, contabilizado na ótica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), ficou em 7,968 milhões no terceiro trimestre, alta de 3,4% ante trimestre anterior, após três quedas consecutivas, nessa comparação ante trimestre anterior.
Na comparação com igual período do ano passado, houve alta de 0,7%, no terceiro trimestre desse ano, primeira taxa positiva após 13 trimestres consecutivos, em recuo.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, comentou sobre motivos da alta na ocupação desse segmento, ao detalhar a pesquisa. De acordo com ela, o aumento no número de ocupados na agricultura não foi predominantemente ligado a grandes cultivos permanentes, como soja ou café. Na prática, foi impulsionado mais por culturas não específicas, como frutas e alimentos.
“Teve um pequeno destaque [de aumento na ocupação no mercado de trabalho] ali na região do Nordeste que, inclusive, não é uma região tradicionalmente produtora de grandes lavouras”, disse.
“Então, até provavelmente por isso mesmo, [o Nordeste] tenha contribuído para uma ‘puxada’ maior na população ocupada, porque talvez não seja uma agricultura tão intensiva em mecanização, demandando um pouco mais de trabalhadores”, comentou (Globo Rural)
