Volume de madeira extraída de florestas nativas voltou a subir em 2024

Dados são do IBGE. Mato Grosso do Sul ampliou sua produção de madeira em tora para papel e celulose.

Após dois anos seguidos de queda, o volume de madeira em tora extraída de florestas nativas no país voltou a subir em 2024. O aumento foi de 4,4%, para 11,9 milhões de metros cúbicos. Os dados são da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2024, divulgada nesta quinta-feira (25/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para chegar a esses números, o IBGE usa diferentes fontes, como o cadastro de autorizações do Ibama, mas também dados de órgãos municipais e estaduais, que podem incluir madeira extraída de forma ilegal.

O volume variava entre 11 e 12 milhões de metros cúbicos entre 2014 e 2020. Em 2021, disparou para 14,87 milhões, o maior patamar desde 2012. Depois disso, caiu para 12,40 milhões em 2022 e 11,39 milhões em 2023. Gerente de agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Barreto Guedes classificou o movimento nos anos de 2022 e 2023 como “certa estabilidade”.

Sede da COP30, o Pará é o líder brasileiro em produção de madeira em tora de florestas nativas, com 4,67 milhões de metros cúbicos ou 37,5% do volume brasileiro. A liderança do Estado foi mantida apesar de uma queda de 10,4% do volume frente a 2023, quando era 4,98 milhões de metros cúbicos.

A segunda posição no ranking é do Mato Grosso, com 2,63 milhões de metros cúbicos, uma alta de 26,5% frente a 2023. O Estado respondeu, em 2024, por 22,1% do total produzido no país. Rondônia, por sua vez, registrou expansão de 58,1% do volume de madeira em tora extraída de flores nativas em 2024, para 1,32 milhão de metros cúbicos. A parcela de participação no total Brasil foi de 11,1%.

Pará, Mato Grosso e Rondônia, portanto, responderam sozinhos por 70,7% de todo o volume de madeira em tora extraída de florestas nativas no Brasil.

Amapá e Amazonas são outros Estados que se destacam no volume de madeira em tora extraída de florestas nativas, com fatias de 7,5% e 6,9% do total brasileiro, respectivamente. “As regiões Nordeste e Norte têm destaque no extrativismo madeireiro, mas no Centro-Oeste essa atividade também tem se sobressaído nos últimos anos”, diz o gerente de Agricultura do IBGE.

Mato Grosso do Sul lidera produção

O Mato Grosso do Sul ampliou em 33,2% sua produção de madeira em tora para papel e celulose em 2024 e atingiu volume de 24,9 milhões de metros cúbicos. Com isso, ultrapassou São Paulo, que registrou queda de 12,7%, para 24,8 milhões de metros cúbicos.

A mudança no ranking dos Estados na produção de madeira em tora para papel e celulose aparece na pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2024), divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O Mato Grosso do Sul é destaque pelo crescimento da silvicultura. Essa atividade tem crescido muito, com fábricas e oferta de terras”, afirma o gerente de agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Barreto Guedes. Os três municípios líderes no Brasil estão no Estado: Três Lagoas, Brasilândia e Ribas do Rio Pardo.

O Mato Grosso do Sul também se destaca na área ocupada pela silvicultura. Neste caso, Ribas do Rio Pardo lidera o ranking, com 381,6 mil hectares, 17,4% de crescimento frente a 2023. O município responde por 3,9% da cobertura da área brasileira na atividade.

As demais cidades líderes na área ocupada por silvicultura são Três Lagoas – com 301,9 mil hectares, 4,9% a mais que em 2023 – e Água Clara – com 159,3 mil hectares, alta de 2,4% ante 2023 (Globo Rural)

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