Unindo Gerações visa sucessão no campo

Programa piloto foi lançado na Cocamar pelo Sistema Ocepar/Sescoop/PR e a expectativa é que a partir de 2025 seja levado para outras cooperativas

“Os avós iniciaram o cooperativismo e os pais ajudaram a fazer crescer. Agora cabe aos jovens dar sustentação para que o setor se mantenha em alto nível e continue crescendo cada vez mais”.

SUCESSÃO – A frase do presidente do Sistema Ocepar/Sescoop/PR, José Roberto Ricken, resume a essência do programa Unindo Gerações, voltado à sucessão na propriedade rural, cujo piloto foi lançado dia 12/9 na Cocamar Cooperativa Agroindustrial em Maringá. Reunindo 25 participantes de vários municípios do estado, a aula inaugural contou, entre outros, com a presença do presidente do Conselho de Administração e do presidente executivo da cooperativa, respectivamente Luiz Lourenço e Divanir Higino.

PRC-300 – Ricken destacou inicialmente que o sistema acaba de concluir a estruturação do PRC-300, um plano estratégico para que o cooperativismo do Paraná alcance um movimento econômico de 300 bilhões de reais por ano – possivelmente no final de 2026. E, até 2030, atinja o patamar de 500 bilhões/ano. “Chegamos a 202 bilhões no final de 2023 e foi feito agora todo um replanejamento com a participação de 225 cooperativas em sete ramos de atividades”, disse, afirmando ser necessário organizar a atividade do cooperado e ter um modelo moderno de gestão de comando das cooperativas.

EXPRESSÃO – “Esse modelo está bem definido em algumas cooperativas, entre as quais a Cocamar, que conta com uma gestão profissional”, declarou Ricken. “Temos, agora, que mostrar para o jovem a expressão que tem o cooperativismo. Se ele não fizer a sua parte, dando continuidade ao trabalho do avô e do pai, a propriedade familiar e a sua cooperativa vão ter problemas. O jovem precisa saber como ele pode se desenvolver com a sua cooperativa”, acrescentou.

DESPERTAR – Na visão de Ricken, atualmente o público jovem encontra mais oportunidades e renda, justamente, na propriedade da família. “O que estamos procurando fazer entre os milhares de jovens que estão nas cooperativas é despertar neles essa preocupação e esse interesse. E podemos ajudá-los para que cresçam na atividade profissional e conduzam sua cooperativa com excelência”, completou.

RESPONSABILIDADE – De acordo com Divanir Higino, “esse é um tema de grande responsabilidade para o setor, visando a preparação e a perpetuação das famílias dos produtores cooperados em seus negócios”. “É uma questão de investir na sustentabilidade do negócio familiar, preparar bem os jovens e também as mulheres para uma participação efetiva”, destacou Luiz Lourenço.

SUSTENTABILIDADE – Falando sobre o programa, o gerente de Cooperativismo da Cocamar, João Sadao, detalhou que o objetivo é sensibilizar e preparar a família cooperada para o planejamento sucessório, garantindo a sustentabilidade da propriedade rural familiar. Do grupo inicial, participam cooperados e familiares com idade acima de 18 anos, possibilitando assim a integração das gerações que atuam na propriedade.

PRESENCIAL – Para isso, o programa se desenvolverá de forma presencial em datas pré-estabelecidas, com módulos de 8h de duração cada, das 8h30 às 17h30. A primeira fase prevê quatro módulos em 2024 e, a segunda, outros quatro em 2025. Os temas variam desde governança e gestão da propriedade rural, a direito sucessório, mediação de conflitos e construção da confiança, gestão financeira, cooperativismo, gestão de pessoas e gestão contábil e planejamento tributário.

OUTRAS COOPERATIVAS – A expectativa é que a partir de 2025 o programa Unindo Gerações seja levado também para outras cooperativas paranaenses. Na aula inaugural em Maringá, a consultora Mariely Biff, especialista em sucessão e governança familiar no agronegócio, fez uma palestra por videoconferência.

COM A FAMÍLIA – Morador em Umuarama, onde é dentista e possui uma propriedade com gado de corte, Wellington Vargas Ziliotto participou em companhia da esposa Janilde e da filha Talita, que é casada, mãe de um filho, exerce na cidade a mesma profissão do pai e faz questão de participar da gestão do negócio rural. “Sempre gostei da atividade rural e vejo que agora meus pais precisam ainda mais de mim para conduzir a propriedade”, afirmou Talita. (Jornal Cocamar)

Related Posts

  • All Post
  • Agricultura
  • Clima
  • Cooperativismo
  • Economia
  • Energia
  • Evento
  • Fruta
  • Hortaliças
  • Meio Ambiente
  • Mercado
  • Notícias
  • Opinião
  • Pecuária
  • Piscicultura
  • Sem categoria
  • Tecnologia

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quer receber notícias do nosso Diário do Agro?
INSCREVA-SE

You have been successfully Subscribed! Ops! Something went wrong, please try again.

© 2024 Tempo de Safra – Diário do Agro

Hospedado e Desenvolvido por R4 Data Center