Trigo, soja e milho recuam em Chicago com clima favorável nos EUA

O trigo liderou o movimento de baixa dos grãos negociados na bolsa de Chicago, respondendo a fundamentos relacionados com a oferta. Os contratos com vencimento em setembro, os mais negociados, fecharam em queda de 2,40% nesta segunda-feira (23/6), cotados a US$ 5,6950 o bushel.

De acordo com Vlamir Brandalizze, consultor independente de mercado, há expectativa de melhora nas condições das lavouras de trigo de inverno nos EUA, já que os mapas de clima indicam chuvas acima do normal em áreas produtoras nos próximos 15 dias.

Além disso, a desvalorização da moeda russa rublo em relação ao dólar está beneficiando as exportações do país, que é o maior fornecedor mundial do produto.

O conflito armado entre Irã e Israel também está no radar do mercado. Embora as tensões tenham aumentado entre os dois países no último fim de semana, ativos como o dólar e o petróleo ficaram alheios aos desdobramentos geopolíticos, e tiveram preços praticamente estáveis nesta segunda-feira.

“Os investidores já não tem tanta certeza de que esse conflito vá se estender por muito tempo após o apoio dos EUA a Israel. Mas certamente as commodities poderão ser impactadas com o possível fechamento do estreito de Ormuz. Isso pode dar sustentação para o petróleo e fazer as commodities subirem novamente”, avalia.

Segundo análise da Royal Rural, quanto mais tempo passa sem a confirmação do bloqueio em Ormuz, mais o mercado acredita que ele não acontecerá, fato que derruba os preços do petróleo e arrastando junto soja e milho.

O estreito de Ormuz é considerado uma das rotas mais estratégicas para o comércio global de petróleo. Por esta via passam cerca de quase 20% de todo o petróleo produzido no mundo.

Soja

Na bolsa de Chicago, os contratos da soja com vencimento em julho, registraram queda de 0,87%, cotados a US$ 10,5875 o bushel.

Para Vlamir Brandalizze, a soja se desvalorizou em meio a expectativa de manutenção do bom desenvolvimento das lavouras que estão em fase final de plantio nos EUA. Além disso, ele ressalta que a China não tem direcionado sua demanda para os americanos, deixando margem para aumento da oferta no país.

O conflito entre Irã e Israel também está na pauta dos investidores, que aguardam novos desdobramentos para se posicionarem na bolsa, destaca o consultor.

Milho

Nos negócios do milho na bolsa de Chicago, os papéis mais negociados, com vencimento em setembro, recuaram 1,88%, para US$ 4,1750 o buhsel. Além das previsões favoráveis para o clima da safra americana, o milho caiu impactado pelo recuo do trigo. Os dois cereais tem correlação na bolsa, já que ambos são utilizados como matéria-prima na indústria de ração animal (Globo Rural)

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