Tecnologia e manejo sustentável impulsionam o sucesso

Com menor vulnerabilidade de suas lavouras aos efeitos climáticos, os Volpato, de Arapongas, obtêm resultados acima das médias regionais

Está mais do que comprovado: o manejo bem conduzido do solo age como uma barreira contra as adversidades climáticas e se essa prática for combinada com tecnologias para impulsionar a produtividade, a resposta pode superar às expectativas. Isto foi o que o Rally Cocamar de Produtividade observou nas primeiras viagens da edição 2025/26, iniciada neste mês de setembro.

ATENÇÃO AO SOLO – Depois de passar por Ourizona, na região de Maringá, onde visitou os produtores José Rogério Volpato, Ricardo Ortega e seu filho Luan, que investem na melhoria constante do solo – o que inclui o cultivo de capim braquiária no outono/inverno em consórcio com milho -, o Rally esteve em Arapongas, próximo a Londrina, onde conheceu o produtor Silvio Volpato e seu filho Alison, que adotam o mesmo modelo em 49 alqueires (118,5 hectares).

SOLOS DIFERENTES – A textura de solo dos dois municípios não é igual. No primeiro predomina o de consistência mista e no segundo prevalece o de elevado teor de argila. No entanto, os produtores visitados revelam vários pontos em comum: a menor vulnerabilidade de suas lavouras aos efeitos climáticos, a maior confiança e a obtenção de resultados acima das médias regionais, ambos com o assessoramento técnico prestado pela Cocamar.

PREMIAÇÕES – De quebra, o Volpato de Ourizona e os Volpato de Arapongas, que não têm parentesco, foram destaque em concursos de produtividade referentes à última safra (2024/25). Eles figuraram entre os vencedores do Prêmio de Super Produtividade de Soja promovido pela Cocamar, enquanto a família de Arapongas foi uma das ganhadoras, também, do Prêmio Colher Mais, realizado pela Timac Agro em parceria com a cooperativa.

MÉDIAS – Nas áreas dos concursos, em Ourizona, José Rogério colheu a média de 196 sacas por alqueire (4.870 quilos/hectare) e, em Arapongas, Silvio e Alison registraram 226 sacas por alqueire (5.603 quilos/hectare). Para se ter ideia, a média dos produtores da Cocamar foi de 130 sacas por alqueire (3.223 quilos/hectare). 

FAZER MAIS – Silvio, 71 anos, e Alison, 32, fazem parte de uma família de agricultores que chegou a Arapongas em 1937 para desbravar a região com o plantio de café. Mas, a partir de 1975, quando ocorreu a geada negra, eles redirecionaram os negócios para o cultivo de grãos. Há 10 anos, conta Silvio, insatisfeitos com as médias de produtividade que vinham obtendo e acreditando que podiam ir além, decidiram fazer o que a Cocamar tanto preconiza: investir no manejo sustentável do solo como forma de alcançar aquele objetivo.

MELHOR DECISÃO – “Foi a nossa melhor decisão”, diz Silvio, ao explicar, ao lado do filho, que essa prática passou a ser permanente. “O produtor não pode ser imediatista”, afirma Alison, comentando que os resultados não aparecem de um ano para outro.

AJUSTES FINOS – Em 2015, começaram a semear braquiária na entressafra da soja e, segundo Alison, que é também engenheiro agrônomo, nesse período eles adquiriram aprendizado, acumularam experiência e estão agora na fase de “ajustes finos”, sob a assistência, há quatro anos, do engenheiro agrônomo Felipe Sembarski, da unidade local da Cocamar. “Eles confiam na assessoria técnica prestada pela Cocamar, seguem o que recomendamos e procuram fazer tudo com o máximo de capricho”, salienta Felipe

TECNOLOGIA – Alison diz ainda que os bons resultados da família se devem, em grande parte, à adoção de tecnologias recomendadas pelos profissionais. Eles fazem correção do solo a cada dois anos, mediante análise, o que determina também a quantidade de adubação a ser aplicada, além dos fertilizantes Viridian, da Cocamar, incluindo o DX (fruto de parceria com a Timac Agro) e a linha de biológicos, desde o sulco para a semeadura ao estágio de enchimento de grãos.

COLHER MAIS – Sempre em busca de inovações, há um ano eles começaram a participar do programa Colher Mais, da Timac Agro, com o acompanhamento da engenheira agrônoma Francielle Rigoni.

BRAQUIÁRIA – As tecnologias se somam, como já dito, à braquiária, cultivada no outono/inverno que, entre outros benefícios, rompe a camada de compactação do solo, promove a reestruturação física e, com seu enraizamento profundo, abre canais para a infiltração de água e faz a ciclagem de nutrientes. Ao final do ciclo, o capim é dessecado para o plantio direto da soja na cobertura de palha que vai proteger a superfície das altas temperaturas, preservar umidade e inibir o surgimento de ervas de difícil controle.

CAIXA D’ÁGUA – “A gente enfrenta as mesmas adversidades climáticas dos demais produtores, mas com a braquiária, temos uma verdadeira caixa d’água no subsolo para abastecer a lavoura”, pontua Alison, ao informar que as médias de produtividade da família variam entre 170 e 190 sacas por alqueire/ano (4.214 a 4.710 quilos/hectare). 

ROTAÇÃO – Por fim, os cuidados com o solo incluem também a saudável rotação de culturas: para isso, a família utiliza milho no verão e trigo no inverno. Em relação ao milho, a média no último verão foi de 465 sacas por alqueire e, no inverno, chegou a 305 sacas (respectivamente 11.528 e 7.561 quilos/hectare).

NO PÓDIO – Com 487 cooperados ativos e 226 cooperantes, a unidade da Cocamar em Arapongas é gerenciada por Gabriel Garcia e o município é presença recorrente nas edições do Prêmio Cocamar de Super Produtividade: em 14 realizações, produtores locais subiram ao pódio em seis oportunidades.

REFERÊNCIA – Segundo Gabriel, além de contarem com a altitude e a qualidade do solo a seu favor, há os que se destacam pelo manejo e a adoção de práticas sustentáveis, caso da família Volpato, que pode ser considerada uma referência, também, em sucessão familiar. 

SOBRE O RALLY – No seu 11º ano de realização, o Rally Cocamar de Produtividade, que visa valorizar as boas práticas agrícolas, conta com o patrocínio dos parceiros Corteva, Sicredi Dexis, Fertilizantes Viridian e Nissan Bonsai Motors, com o apoio da Unicampo, Aprosoja-PR e Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb). (Jornal Cocamar)

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