O grupo Stellantis confirmou nesta sexta (25/10) que seus dois primeiros carros com motorização híbrida flex serão os SUVs compactos Pulse e Fastback, da Fiat. Mas essa não é a única novidade da estratégia de descarbonização da empresa.
A coluna apurou que a montadora já homologou três carros com motorização 100% a etanol no Brasil. São veículos também da marca Fiat e que estão prontos para o lançamento. Primeiramente, serão oferecidos a empresas que lidam com grandes frotas.
A ideia é convencer as companhias de que essa será a garantia de que seus veículos irão rodar apenas com o combustível de origem renovável, reduzindo a pegada de carbono de suas operações.
Executivos do grupo Stellantis explicam que é difícil ter o controle sobre o abastecimento dos carros flex. Os motoristas acabam abastecendo com gasolina, para ter maior autonomia. Mas o uso do combustível de origem fóssil anula os benefícios desses veículos, e as empresas não atingem suas metas ambientais.
A montadora também vai oferecer seus carros a etanol aos órgãos governamentais de diferentes esferas. Como o biocombustível está no centro do programa Mover (Mobilidade Verde e Sustentabilidade), a adoção por parte da administração pública seria um motivador para outros setores.
Após essa fase —e a depender da receptividade dos produtos—, os automóveis podem chegar à rede concessionária. O objetivo é iniciar a comercialização em 2025. Já os híbridos flex chegam antes, com início das vendas previsto para novembro.
A motorização dedicada ao etanol tende a apresentar rendimento melhor em comparação aos carros flex. A autonomia deverá ser próxima à obtida com o uso do combustível de origem fóssil, mas a um preço menor por litro e com redução das emissões de poluentes.
O grupo Stellantis também será beneficiado com o lançamento dos novos carros 100% a etanol, que entrarão na conta global de descarbonização da empresa.
A expectativa da montadora é que os modelos cheguem ao mercado junto com o novo modelo de cobrança do imposto sobre Produtos Industrializados, chamado IPI Verde. A discussão está emperrada desde o início do ano.
A proposta inicial previa que carros movidos a etanol teriam tributação menor ou equivalente aos automóveis 100% elétricos (Folha,) .