Solo em transformação impulsiona nova geração de fertilizantes no agronegócio

Equilíbrio biológico e inovação fortalecem a saúde do solo e aumentam o potencial produtivo das lavouras

A pressão sobre as áreas produtivas do Brasil reforça a urgência de recuperar e preservar a saúde do solo. Um estudo divulgado pela Esalq USP indica que 64% dos solos superficiais do mundo já mostram sinais de fragilidade e risco de degradação, cenário que também se reflete em regiões agrícolas brasileiras. A tendência tem acelerado a busca por insumos capazes de ir além da nutrição básica das plantas e fortalecer os ecossistemas subterrâneos.

Nesse movimento, o agronegócio passa a enxergar a base produtiva como um organismo vivo que precisa de equilíbrio biológico. No centro dessa mudança estão os fertilizantes inovadores que combinam fontes de carbono orgânico com agentes que favorecem o desenvolvimento da microbiota, ampliando a vitalidade do solo e protegendo as raízes das culturas.

O avanço dos biofertilizantes e dos insumos de base orgânica é tema de debate da indústria e da academia. O Conexão Abisolo 2025 reuniu especialistas para aprofundar discussões sobre biofertilidade e estratégias de nutrição mais eficientes e sustentáveis. O encontro reforçou como a questão microbiológica deixou de ser tendência para se tornar exigência técnica e competitiva.

Além da produtividade, a agenda ambiental amplia a responsabilidade do solo. O Plano Nacional de Fertilizantes destaca que o agro é parte estratégica das iniciativas de aumento de carbono orgânico e mitigação de emissões do país.

Aplicação inteligente conforme a cultura

Outro fator que ganha relevância é a adequação prática ao sistema do produtor:

Grãos

Aplicação no sulco de plantio ou via tratamento de sementes, oferecendo proteção desde o estabelecimento inicial.

Hortifrúti

Integração ao gotejamento ou rega, além de possível uso preventivo ainda nas bandejas de mudas.

Cana

Uso na linha de plantio ou no corte de soqueira, protegendo o rebrote e fortalecendo as brotações subsequentes.

Essa versatilidade permite que a tecnologia esteja presente durante todo o ano agrícola, acompanhando as janelas de cultivo de cada região.

Ao aumentar o carbono orgânico no solo, melhorar sua estrutura física e potencializar a retenção de nutrientes e de água, soluções oferecem ganhos ambientais e econômicos. A proteção das raízes reduz perdas por doenças e estresses, ampliando o potencial produtivo sem necessariamente elevar o uso de defensivos químicos.

A tecnologia também se conecta a novas fronteiras de mercado: certificações, rastreabilidade, programas de descarbonização e remuneração por boas práticas agrícolas podem favorecer produtores que adotam insumos alinhados à saúde do solo.

Com o avanço da ciência e o maior entendimento sobre o papel da microbiota, o solo se consolida como protagonista da próxima revolução no agro. Investir em soluções que cultivem esse ecossistema é garantir que os sistemas produtivos sigam competitivos e sustentáveis nas próximas safras.

A agricultura brasileira é reconhecida pela produtividade. Agora, se prepara para ser referência mundial em solos saudáveis e vivos.

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