Em um pregão marcado pela volatilidade na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja com vencimento em novembro encerraram esta sexta-feira (22/8) em leve alta de 0,24%, cotados a US$ 10,5850 por bushel. O avanço foi impulsionado pela falta de umidade nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos, justamente no momento em que as lavouras definem seu potencial de produtividade.
No entanto, o movimento de alta foi limitado pela fraca demanda da China e pelas projeções otimistas divulgadas pelo ProFarmer, que indicam boas condições para as lavouras norte-americanas.
Também no radar dos investidores esteve a decisão da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês), que anunciou o desfecho de 175 pedidos de isenção feitos por pequenas refinarias de petróleo para se livrarem da obrigatoriedade de mistura de biocombustíveis. Do total, 63 pedidos foram aprovados integralmente, 77 parcialmente, 28 foram negados e outros 7 considerados inelegíveis.
O milho, que operou com leves oscilações ao longo do dia, encerrou o pregão em queda de 0,06%, a US$ 4,1150 por bushel. O recuo foi influenciado pelas estimativas de produtividade recorde em Estados-chave monitorados pelo ProFarmer, reforçando as expectativas de uma safra histórica nos EUA em 2025/26. Ainda assim, o clima seco persistente no Meio-Oeste e o bom ritmo das exportações norte-americanas ofereceram algum suporte aos preços.
Já o trigo para dezembro caiu 0,47%, fechando a US$ 5,2725 por bushel, revertendo parte das altas observadas nos dois pregões anteriores. O mercado segue pressionado pela entrada da safra do Hemisfério Norte no mercado global, pelas perspectivas positivas para a colheita na Rússia e pelo avanço da colheita de primavera nas Grandes Planícies do Norte, favorecida pela ausência de chuvas.
Apesar disso, o enfraquecimento do dólar frente ao euro, com queda de pouco mais de 1%, contribuiu para sustentar parcialmente os preços, ao melhorar a competitividade das exportações dos Estados Unidos (Globo Rural)