Seca aumenta na Zona da Soja e impacta produtividade da safra de verão no MS e estados do Sul

Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul apresentam redução na umidade do solo; no Paraná, a umidade é a menor em 20 anos

A seca ganhou força nos últimos 10 dias nas regiões Centro-Sul e Sul do país, reduzindo o potencial produtivo das lavouras de verão em boa parte da Zona da Soja. De acordo com o sensoriamento remoto realizado pela EarthDaily Agro, empresa que monitora áreas agrícolas por meio de imagens de satélites, a umidade do solo diminuiu significativamente no período. No Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, o índice de vegetação (NDVI) apresenta evolução ruim. Somente no Mato Grosso a situação das lavouras permanece satisfatória.

O analista de safra da EarthDaily Agro, Felippe Reis, destaca que, no acumulado dos primeiros 10 dias do ano, choveu menos de 10 milímetros no Mato Grosso do Sul, índice 83% abaixo da média. O calor tem aumentado nos últimos dias, o que eleva a evapotranspiração, levando a uma queda ainda maior da umidade do solo. Reis explica que o bom desenvolvimento das lavouras em novembro e primeira quinzena de dezembro, algo que não aconteceu nas temporadas de 2022 e 2024, quando houve quebra de safra, diminui a preocupação dos produtores neste momento.

Em Goiás, a umidade do solo teve queda significativa durante a segunda quinzena de dezembro e, desde então, o índice de vegetação (NDVI) tem apresentado evolução ruim. Mas Felippe Reis ressalta que as chuvas já voltaram e a umidade do solo, apesar de abaixo da média, vem aumentando gradativamente.

Em Mato Grosso, o índice de vegetação tem apresentado boa evolução e similaridade com os anos de 2023 e 2022, ciclos em que a produtividade foi alta. A previsão mostra melhora da umidade do solo nos próximos dias, o que irá favorecer o desenvolvimento das lavouras.

No Paraná, a umidade do solo está no menor patamar em comparação com os últimos 20 anos, reduzindo o potencial produtivo das lavouras de verão. Já no Rio Grande do Sul, a chuva não deve aparecer em grandes volumes no curto prazo e o NDVI já mostra as consequências da seca, com uma dinâmica muito ruim.

Tanto os modelos ECMWF (europeu) quanto o GFS (norte-americano) preveem chuvas acima da média no Centro-Norte do país, porém abaixo da média no Centro-Sul, que já está sofrendo com a seca. Na comparação entre os dias 09 e 19 de janeiro, a previsão do ECMWF aponta para um aumento da umidade do solo no norte da Zona da Soja (Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e MATOPIBA), o que será positivo para o desenvolvimento das plantas, mas a seca deve permanecer no Sul da Zona da Soja (Mato Grosso do Sul, São Paulo e todo o Sul do país).

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