Com o Brasil atingindo 100% da área plantada de trigo, segundo dados da Agroconsult, o momento agora exige atenção redobrada a doenças e pragas que podem comprometer não apenas a produtividade, mas também a qualidade dos grãos. Após altos investimentos em sementes, fertilizantes e manejo de plantas daninhas, o foco do agricultor deve ser a proteção da lavoura contra essas ameaças, principalmente a giberela, doença causada pelo fungo Fusarium graminearum, considerada atualmente a maior preocupação nas lavouras de trigo, pois, além de reduzir o rendimento, contamina os grãos com micotoxinas que inviabilizam a comercialização.
Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing regional da IHARA, João Tomás, esse é um estágio decisivo para o desenvolvimento da cultura e reduzir custos em aplicações essenciais, como fungicidas e inseticidas, pode representar economia imediata, mas traz alto risco de perdas na colheita e queda na qualidade sanitária dos grãos. “O custo do manejo é baixo perto do potencial de perdas que doenças e pragas podem causar. Por isso, investir em manejo adequado é fundamental para que o agricultor alcance alta produtividade e grãos de qualidade superior, essenciais para atender ao mercado e obter melhores resultados econômicos”, alerta Tomás.
Especialistas alertam ainda que, além de produtividade, a qualidade dos grãos é fator determinante para atender às exigências do mercado consumidor e obter melhor rentabilidade. Por isso, escolher bem as estratégias de manejo, com foco no custo-benefício e não apenas na economia imediata, é essencial para fechar as contas com resultados positivos nesta safra.
Giberela: doença fúngica agressiva que coloca em risco a produtividade do trigo
Nos cereais de inverno, como o trigo, a giberela é uma das doenças de mais difícil controle e ocorre, geralmente, na fase de formação dos grãos, podendo causar perdas de produtividade entre 12% e 25%. Em casos extremos, os prejuízos podem ultrapassar 60% nas áreas afetadas.
Para um controle eficiente da doença, é fundamental adotar estratégias integradas, como rotação de culturas e aplicação de fungicidas de forma preventiva ou logo no início da infestação. A primeira aplicação deve ser realizada quando cerca de 50% das espigas da população de plantas estiverem em florescimento. Caso haja previsão de chuva antes de atingir esse percentual, a aplicação deve ser antecipada entre 25% e 50% das espigas em florescimento. Nesse momento, uma opção de manejo é utilizar produtos com maior espectro de ação, que também controlem doenças foliares. De acordo com recomendações da Biotrigo, líder em termos de genética de trigo no Brasil, pode-se, ainda, adicionar à mistura a molécula tiofanato-metílico para aumentar a eficiência do controle, explica o gerente de Marketing Regional da IHARA.
Insetos que afetam fase inicial da cultura exigem ação rápida
Além das doenças, insetos como pulgões e percevejos seguem como vilões que comprometem o desempenho e o arranque inicial das lavouras. Para esse manejo, é preciso usar inseticidas que atuam com eficácia sobre um amplo espectro de pragas, efeito residual prolongado, assegurando a proteção das plantas nas fases mais críticas do ciclo.
A chave para o sucesso de uma boa safra está na adoção de boas práticas e tecnologias modernas. Soluções sustentáveis e eficientes garantem uma lavoura mais uniforme, produtiva e com menor custo de correções ao longo do ciclo. “Nosso portfólio de soluções integradas foi desenvolvido para oferecer alta performance, atendendo aos desafios no controle de doenças e pragas em campo, assegurando maior produtividade e grãos de qualidade superior, fundamentais para o sucesso na comercialização”, conclui Tomás.