Safra de grãos deve ser recorde em 2024/25, com 325,7 milhões de toneladas

Se previsão da Conab estiver correta, o volume será 9,4% maior que o colhido em 2023/24.

O Brasil deve bater um novo recorde na produção de grãos e fibras em 2024/25, com 325,7 milhões de toneladas. Em seu quinto relatório sobre a temporada, divulgado nesta quinta-feira (13/2), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou em 1,07% sua perspectiva de colheita, em relação ao dado de janeiro. Se estiver correto, o volume será 9,4% maior que o colhido em 2023/24.

A autarquia justifica o aumento pelo crescimento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e pela recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, prevista em 3.990 quilos por hectare.

Com a colheita em andamento, a estimativa para a produção de soja foi praticamente mantida em 166,1 milhões de toneladas. Segundo a Conab, uma restrição hídrica é notada no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, que é compensada pelas condições favoráveis no restante do Centro-Oeste, Paraná e Santa Catarina. Esse volume de soja previsto é 12,4% superior ao colhido em 2023/24.

Milho

Em relação ao milho, toda a temporada 2024/25 deve ter uma produção de 122 milhões de toneladas, alta de 5,5% em relação ciclo anterior. Conforme indica o progresso de safra publicado nesta semana pela Conab, a colheita de verão atingiu 13,3% da área plantada.

Nesta temporada, houve uma redução de 6,6% na área semeada para o milho de verão. Mas essa queda foi compensada pelo ganho da produtividade média, superior em 9,9% à 2023/24. Com isso a projeção é que sejam colhidas 23,6 milhões de toneladas apenas neste primeiro ciclo.

Já sobre a segunda safra do grão, a autarquia afirma que a semeadura foi realizada em 18,8% da área. As condições climáticas são favoráveis e projeta-se um crescimento de 2,4% para a área de plantio, refletindo em uma produção de 96 milhões de toneladas, crescimento de 6,4%.

Ainda há a perspectiva de 2,4 milhões de toneladas na terceira safra do milho, com uma queda de 3,8% em relação ao mesmo período de 2023/24.

Arroz e feijão

Com a semeadura praticamente concluída, a Conab manteve a expectativa sobre a colheita de arroz, em 11,8 milhões de toneladas, 11,4% mais que o resultado de 2023/24. A área destinada ao cereal cresceu 6,4%, para 1,7 milhão de hectares. “No Rio Grande do Sul, responsável por 70% do arroz produzido no país, as altas temperaturas e a redução hídrica dos reservatórios, em algumas regiões do estado, embora não indiquem redução de produtividade média, causam preocupações aos produtores”, diz o relatório.

Para o feijão, a companhia também espera um maior volume colhido (3,2%) em 2024/25, com as três safras da leguminosa chegando a 3,3 milhões de toneladas. A primeira safra se encontra em diversos estágios fenológicos e 47% da área estava colhida em 10 de fevereiro. A Conab verifica aumento tanto de área como de produtividade, com a produção estimada em 1,1 milhão de toneladas, crescimento de 17,3%.

Para a segunda safra de feijão, o plantio está em fase inicial e a expectativa é que a colheita chegue a 1,46 milhão de toneladas (queda de 3,1%); enquanto para a terceira a projeção é que sejam colhidas 778,9 mil de toneladas (baixa de 1,4%).

Algodão

No caso do algodão, a expectativa é que haja um crescimento de 4,8% na área de plantio, estimada em 2 milhões de hectares. A semeadura da fibra já passa de 87% da área prevista e a perspectiva aponta para uma produção de pluma em 3,8 milhões de toneladas, um novo recorde para a cultura caso o resultado se confirme.

Lavouras de inverno

Para as culturas de inverno, as primeiras estimativas da Conab são resultado de modelos estatísticos, análise de mercado, previsões climáticas e informações preliminares. Elas indicam que a colheita de trigo chegará a 9,1 milhões de toneladas, 15,6% superior ao resultado de 2023/24.

O plantio no Paraná tem início a partir de meados de abril e, no Rio Grande do Sul, em maio. Os dois Estados representam 80% da produção tritícola do país (Globo Rural)



Estoques de arroz e de feijão caem, mas ainda superam os de 2024

Novos números da Conab indicam produção de grãos de 326 milhões de toneladas.

A safra de grãos deverá atingir o recorde de 326 milhões de toneladas neste ano, um volume ainda maior do que estava previsto em janeiro, segundo informou a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) nesta nesta quinta-feira (13/2).

Essa é a boa notícia. A ruim é que arroz e feijão estão na lista do que terão redução de produção, em relação às expectativas do mês anterior.

O trigo, outro produto importante no dia a dia do consumidor, tem área reduzida, mas, devido a uma projeção de produtividade maior, a produção sobe.

Conforme os dados deste mês, a Conab faz um ajuste para baixo na área semeada de arroz. No mês passado, os números do órgão estatal haviam sido contestados por entidades gaúchas, que diziam que eles estavam acima da realidade.

A área semeada no Rio Grande do Sul, principal produtor brasileiro, foi reavaliada pela Conab para 952 mil hectares. Esse número, agora, não fica distante dos 928 mil do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz).

Mesmo com essa redução mensal, a área semeada nesta safra supera em 6,4% a da anterior, e a produção total do país ficará em 11,8 milhões de toneladas, 11% a mais do que em 2024.

A produção de feijão também não atingirá o esperado, e recua 1,5% em relação ao previsto em janeiro, somando 3,35 milhões de toneladas, um volume ainda 12% superior ao do ano passado.

A Conab faz também a primeira estimativa para trigo. Os números ainda são muito suscetíveis a alterações. De início, eles indicam uma tendência de área menor, com recuperação de produtividade, o que levaria a produção do país para 9,1 milhões de toneladas, 16% a mais do que em 2024.

Entre os dois produtos com liderança nacional, a soja mantém produção estável, de 166 milhões de toneladas, enquanto o milho terá volume de 122 milhões, acima do que era esperado no mês passado.

Estimativa de safra menor dos produtos básicos faz com que os estoques finais desses produtos caiam, em relação às previsões de janeiro. O arroz termina a safra 2024/25 com 1,1 milhão de toneladas, o suficiente para um pouco mais de um mês de consumo.

O estoque final de feijão recua para 378 mil toneladas neste mês, o suficiente para o consumo de 45 dias. Já os de milho se recuperam, subindo para 4,9 milhões de toneladas.

A oferta e estoque de milho são importantes porque a demanda cresceu muito no país com o aumento de produção de proteína animal e de etanol.

O cenário fica melhor também para trigo. Com o aumento previsível de produção, os estoques finais de 2025 podem atingir 1,9 milhão de toneladas, bem acima das 900 mil de 2024. O plantio do cereal depende, no entanto, de clima favorável e de preços que incentivem o produtor a semear.

O IBGE também divulgou estimativas de produção de grãos nesta quinta-feira. Nas contas do instituto, serão 325 milhões de toneladas, 11% a mais o que em 2024.

A área de arroz estimada pelo IBGE é de 1,7 milhão de hectares, 954 mil deles no Rio Grande do Sul. A produção nacional do cereal sobe para 11,5 milhões de toneladas, 7,9 milhões produzidas pelos gaúchos.

Os números do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) deste mês, referentes à produção mundial, apontam um superávit na produção de soja, em relação ao consumo, mas um déficit na de milho.

Na safra de 2021/22, os estoques finais de soja representavam apenas 25% do consumo mundial. Nesta, deverá atingir 31%. Já os de milho, recuam de 27% para 24% no mesmo período (Folha)

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