Produtora supera desafios e é exemplo ao lado do filho

De tradicional família de produtores rurais, a engenheira civil Ana Cristina Benetti e seu filho Guilherme, formado em engenharia de produção, comandam a Fazenda Chapadão, uma propriedade de 100 alqueires paulistas em Astorga, município da região de Maringá.

BOAS PRÁTICAS – Cooperados participativos da Cocamar, ambos são assessorados pelo engenheiro agrônomo Wellington Sapateiro, da unidade local da cooperativa. E, em razão das boas práticas que exercem em suas atividades, foram visitados pela equipe do Rally Cocamar de Produtividade. Do total da área, 78 alqueires são destinados à produção de grãos – soja no verão e milho no inverno – e o restante à pecuária de cria, com cruzamento industrial de nelore e angus, mantendo 130 matrizes.

DESAFIO – Há anos trabalhando como avaliadora de imóveis para uma instituição financeira, Ana conta que em 2016, ao ser solicitada pelo irmão Rui, assumiu as terras que havia herdado no grupo familiar.  “Foi um grande desafio”, recorda-se, mas além de contar com o envolvimento do filho, que na faculdade optou por ênfase em agroindústria, Ana encontrou nos funcionários Flávio Aparecido Silva e sua esposa Eliete, contratados há seis anos, um apoio essencial: eles cuidam da parte operacional, sabem lidar com máquinas e o gado.

GESTÃO – “São pessoas de nossa confiança que nos permitem, assim, focar na gestão e na melhoria constante”, comenta a produtora, que é casada com o advogado José Carlos Martini, o qual, em função de suas atribuições, não participa do dia a dia da fazenda. Como negócio à parte, ele é proprietário de uma granja onde encontram-se alojadas 110 mil cabeças de frangos de corte.

SEGURA, MOTIVADA E FELIZ – “Quando assumi, recebi o incentivo da família e de outras produtoras”, revela Ana, mencionando, entre elas, Mariluce Teixeira de Anchieta, do mesmo município, com quem participou de palestras e encontros técnicos. “Fui aprendendo muita coisa”. Tanto que, atualmente, ela comenta que não apenas se sente segura e motivada na direção da propriedade, como feliz por dar sequência ao negócio iniciado há décadas na região por seu saudoso pai, Alfredo, mesmo que ele nunca tenha trabalhado com agricultura e, sim, pecuária.

SOLO – A respeito das boas práticas agrícolas, a primeira delas é o cuidado com o solo de consistência mista e o investimento em palhada durante o inverno, a partir do cultivo de um conjunto de plantas de cobertura para que a soja no verão se desenvolva em ambiente mais favorável.

TECNOLOGIAS – Como resultado, em anos de clima normal, a média de produtividade de soja geralmente fica acima no comparativo com a da região, ao redor de 150 sacas por alqueire, enquanto a do milho se situa em 270 sacas. “Estamos demonstrando que, com tecnologia, é possível produzir bem mesmo em solos arenosos”, ressalta Ana.

ILP – Como sobra muita massa verde no meio do ano, geralmente um período considerado crítico por causa do inverno, bovinos são levados para pastejar ali. Com essa experiência, mãe e filho veem a oportunidade a iniciar um programa de integração lavoura-pecuária (ILP), que ficará sob o gerenciamento de Guilherme, interessado em estudar sobre esse assunto e receber orientação da Cocamar, cooperativa que mantém uma equipe técnica especializada em integração.

CAMA DE FRANGO E ENERGIA – E, se de um lado toda a produção de cama de frango dos aviários segue para fertilizar a lavoura, de outro a granja fornece também a energia elétrica gerada por sistemas fotovoltaicos.

MÁQUINAS – Quanto aos maquinários, a família possui um pulverizador e, recentemente, adquiriu da Cocamar Máquinas uma plantadeira John Deere equipada com piloto automático. Segundo Ana, a ideia é contar com uma frota própria, que deve avançar em breve para a aquisição de uma colheitadeira, deixando assim de depender da prestação de serviços de terceiros.

IRRIGAÇÃO – A semeadura da safra de soja do ciclo 2024/25 deve começar em meados de outubro, assim que as condições climáticas se mostrarem mais favoráveis. No mais, eles têm planos de aproveitar a disponibilidade de energia e água e, no futuro, dotar a fazenda de um pivô central para a irrigação das lavouras. “Temos muitas minas d’água na fazenda”, diz Ana.

UM GANHO – Segundo ela, a chegada da Cocamar ao município, há dois anos, após incorporar a Coanorp, trouxe “um ganho muito grande” aos produtores locais, pela qualidade dos serviços e produtos oferecidos e a confiança que inspira. Todo o óleo diesel utilizado na propriedade é adquirido da Cocamar, assim como, também, eles já vêm utilizando o fertilizante foliar Viridian, produzido pela cooperativa.

LIDERANÇA – Ana se envolveu tanto na atividade agrícola que vem diminuindo sua atuação como avaliadora de imóveis para se dedicar cada vez mais à propriedade. E, ao se firmar como uma liderança feminina, ela foi convidada a compor a Comissão de Mulheres da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), onde tem a companhia da amiga Mariluce.

PRODUTORAS – Para completar, Ana faz parte também de um grupo que reúne dezenas de produtoras rurais de municípios do norte e noroeste paranaenses, interessadas, assim como ela, em se aprimorarem e crescer cada vez mais na atividade.

A VISITA – O Rally Cocamar de Produtividade visitou a propriedade da família Benetti em companhia da gerente da unidade da Cocamar em Astorga, Rhaliny Carol Rebequi, do engenheiro agrônomo Wellington Sapateiro, responsável pela assistência técnica à propriedade, e do engenheiro agrônomo João Vítor Recttor, agente de desenvolvimento de mercado dos Fertilizantes Viridian, do gerente da Corretora Cocamar, André Luis Barberá, e do consultor da Seguradora Sombrero, José Bernardo de Medeiros. (Jornal Cocamar)

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