Gastos por hectare em 2025/26 devem superar em 16% os da temporada anterior.
Em meio aos altos custos de produção e à indefinição dos preços a serem pagos pela indústria, o citricultor precisará registrar produtividade elevada para conseguir pagar seus custos totais na safra 2025/26, apontam levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Dados apurados pelo Cepea mostram que os custos totais por hectare em 2025/26 devem superar em 16% os da temporada anterior, puxados pelos gastos com a colheita e com os defensivos visando os controles do psilídeo transmissor do greening e do cancro cítrico.
Quando considerada a produtividade média apontada pelo Fundecitrus para esta safra, de 900 caixas de laranja de 40,8 quilos, pesquisadores do Centro de Estudos explicam que o atual preço ofertado no mercado spot, de R$ 45,00, seria insuficiente para fechar as contas no campo. Cálculos do Cepea apontam que a produtividade mínima para empatar com o Custo Total (CT) seria de aproximadamente 1 mil caixas por hectare, ainda considerando o preço atual.
Nesta quinta-feira (05/6), o indicador do Cepea para a laranja destinada à indústria registrou a cotação média de R$ 45,13 a caixa, uma queda de 0,09% desde o início da semana. Para a laranja pera, destinada para consumo de mesa, a cotação estava em R$ 66,74 a caixa, recuo de 7,56% no mesmo período (Globo Rural)