Fenômeno tem 56% de chances de acontecer no final deste ano, segundo NOAA.
O inverno continua firme no Hemisfério Sul. A estação tem sido a mais fria dos últimos anos na maioria dos Estados brasileiros. Além de gelado, o inverno também veio, de forma típica, acompanhado de tempo bastante seco, que derrubou os índices de umidade do ar na região central do país nos últimos meses.
Para quem não vê a hora do tempo mudar, o inverno termina oficialmente no dia 22 de setembro, após 94 dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A primavera começa na mesma data, às 15h19 (de Brasília), e só encerra no dia 21 de dezembro.
Como fica o tempo na primavera?
A Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) divulgou em seu último relatório que a chance de formação do La Niña aumentou para 56% durante a primavera no Hemisfério Sul.
Com isso, o nível de alerta para o fenômeno subiu para o estágio conhecido como “Watch” (Alerta). Segundo o documento, as temperaturas abaixo da média na superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial já apresentam características típicas do fenômeno climático.
Para a meteorologista Stefanie Tozzo, do Climatempo, o fenômeno tende a diminuir as precipitações no Sul, mas reforçar os acumulados na faixa norte do país. “Isso acabaria reduzindo a condição de chuva no Sul entre o final da primavera e o começo do verão e aumentaria a condição de mais chuva no centro-norte do Brasil com a presença de corredores de umidade,” explica.
De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e Sociedade (IRI), da Universidade de Columbia, caso o fenômeno se estabeleça, pode persistir até o início do verão, voltando gradualmente à neutralidade climática.
Após uma onda de calor, causada por um veranico, elevar as temperaturas na última semana, a tendência é que as temperaturas continuem mais amenas até o começo da primavera, embora os modelos ainda não possam prever com precisão os prognósticos (Globo Rural)