Levantamento parcial da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que as tempestades registradas desde 29 de abril no Rio Grande do Sul provocaram pelo menos R$ 10 bilhões em prejuízos financeiros, R$ 500 milhões a mais ante o reportado ontem.
Os números contabilizam perdas de municípios que enviaram os dados à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A confederação esclarece que os impactos são informados pelos próprios municípios. São dados parciais, relatados à medida que os danos são contabilizados.
A CNM estima que 3,1 milhões de pessoas tenham sido afetadas, sendo que 445 seguem desaparecidas e foram reportadas 154 mortes, de acordo com dados da Defesa Civil e extraídos do sistema do Ministério de Desenvolvimento.
A confederação calcula que 461 municípios foram afetados, sendo 320 com reconhecimento estadual e federal de situação de emergência e 46 em estado de calamidade pública. Destes, apenas 85 municípios informaram os valores de danos e prejuízos públicos e privados, o equivalente aos R$ 10 bilhões.
Segundo a CNM, dos prejuízos financeiros relatados, R$ 4,6 bilhões referem-se ao setor habitacional, com 106,5 mil casas danificadas ou destruídas, R$ 3,1 bilhões foram relatados no setor privado e R$ 2,3 bilhões no setor público.
A agropecuária é o setor econômico privado com mais perdas financeiras levantadas, somando R$ 2,526 bilhões. Dos municípios que auferiram os prejuízos, R$ 2,3 bilhões estão relacionados à agricultura e R$ 226 milhões à pecuária. A indústria reportou R$ 265,5 milhões em prejuízos. Outros R$ 127,5 milhões foram relatados por comércios locais.
No setor público, o levantamento auferiu prejuízos de R$ 1,6 bilhão em obras de infraestrutura (pontes, estradas, drenagem urbana) e R$ 428,7 milhões em instalações públicas, como escolas, hospitais e prefeituras (Broadcast)