Investidores ainda repercutem o corte nas projeções de safra dos Estados Unidos para a temporada 2025/26.
A soja seguiu com preços mais altos na bolsa de Chicago, ainda com investidores repercutindo os dados mais recentes sobre oferta nos EUA, e também de olho nas condições de clima do país. Os contratos da oleaginosa para setembro subiram 1,11% nesta quarta-feira (13/8), para US$ 10,24 o bushel.
O corte nas previsões de safra dos Estados Unidos pegou grande parte do mercado de surpresa. As preocupações com a oferta ganharam impulso extra, após previsões de clima para as lavouras americanas. Pelos próximos 15 dias, os mapas mostram chuvas abaixo da média em grande parte do cinturão produtor de grãos americanos.
“Dado esse ajuste na oferta, e com as colheitas ainda decidindo seu destino nos campos, a previsão de pouca chuva para os próximos dias está contribuindo para a tendência de alta, permitindo que especuladores adicionem um prêmio de risco climático aos preços, dada a possibilidade de que o tempo seco possa prejudicar a saúde das plantas”, disse a consultoria Granar, em boletim.
Milho
O milho se valorizou na bolsa de Chicago tentando se recuperar de parte das perdas registradas na sessão anterior. Os contratos do cereal que vencem em dezembro fecharam em alta de 0,70%, com o valor de US$ 3,9725 o bushel.
As cotações despencaram na véspera depois que o Departamento de Agricultura americano (USDA) estimou uma safra recorde no país em 2025/26, de 425,26 milhões de toneladas.
Devido a essa expectativa de uma produção abundante nos EUA, a tendência de queda ainda prevalece, e as reações do milho em Chicago são limitadas a ajustes técnicos.
Trigo
O preço do trigo registrou leve alta na sessão desta quarta após um ajuste técnico. Os contratos para setembro fecharam avançaram 0,45%, para US$ 5,0725 o bushel.
Apesar desse movimento, a tendência ainda é para preços mais baixos para o cereal na bolsa, devido ao avanço da safra nos EUA e também com boas projeções para a safra da Rússia, o principal exportador de trigo do mundo (Globo Rural)