Especialista da Ourofino Agrociência alerta que o calor extremo prejudica as aplicações devido ao aumento da evaporação e volatilidade dos produtos. A baixa eficiência tem impactado o controle das plantas daninhas na cultura do milho
O cultivo do milho, uma das principais atividades da agricultura brasileira, enfrenta desafios constantes devido à incidência de plantas daninhas, que competem diretamente por recursos como água, luz e nutrientes. A presença dessas plantas invasoras pode causar perdas significativas na produtividade, tornando o controle adequado fundamental para o sucesso da cultura. No entanto, as condições climáticas, especialmente ondas de calor extremo, têm impacto direto na aplicação dos herbicidas, influenciando num planejamento ainda mais estratégico no manejo agrícola.
Segundo Lenisson Carvalho, gerente de marketing da Ourofino Agrociência, isso acontece porque o calor extremo prejudica as aplicações devido ao aumento da evaporação e volatilidade dos produtos, o que por consequência, também prejudica o controle das plantas daninhas. No caso do milho, todos esses fatores podem comprometer o desenvolvimento das espigas e grãos, tendo impacto direto na produtividade.
No entanto, o especialista da Ourofino Agrociência ressalta que a eficiência de um herbicida está intimamente relacionada à sua aplicação, que deve ser feita de maneira uniforme e utilizando os equipamentos de forma correta. Estudos da Embrapa Sorgo e Milho mostram que cerca de 46% dos problemas das aplicações ocorrem na calibragem do pulverizador, 5% na mistura de produtos e 12% na combinação da calibragem e da mistura de produtos. Por outro lado, mais de 90% dos herbicidas ainda são aplicados via trator (sistemas hidráulicos), embora a aplicação via água de irrigação tenha aumentado nos últimos anos.