Nova tecnologia permite detectar doença Giberela antes do plantio do trigo

Inovação identifica DNA no solo, possibilitando antecipadamente manejos específicos, controle biológico, escolha do talhão a ser plantado, escolha de variedades resistentes e a aplicação de fungicidas

A Giberela, uma das doenças mais preocupantes na cultura do trigo, tem sido uma fonte constante de perda de produtividade e preocupação para os agricultores, especialmente no sul do país, principal região produtora do cereal. A GoSolos, startup de inteligência genética de solo, anunciou um avanço significativo no combate a essa doença, trazendo esperança para os agricultores prestes a iniciarem o plantio de inverno.

A detecção precoce da presença do fungo Gibberella spp., causador da Giberela, é agora uma realidade graças aos avanços na tecnologia de análise metagenômica. Esta técnica revolucionária permite aos agricultores identificarem o DNA do fungo no solo antes mesmo do plantio, possibilitando a correlação da presença do fungo com o restante da microbiota da área.

Tiago Jarek, especialista em Fitopatologia da GoSolos, destaca a importância da análise metagenômica como uma nova ferramenta oferecida aos agricultores, que possibilita a implementação de estratégias de manejo antecipadamente.

“Além de ajudar a prevenir a propagação da doença, a detecção precoce da Giberela possibilita a implementação de medidas proativas para proteger a lavoura. Estratégias como escolha de insumos e bioinsumos específicos para o controle, além de variedades resistentes podem ser adotadas com base nas informações obtidas, reduzindo os riscos de perdas significativas de colheitas e promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis. A mesma análise ainda possibilita verificar o estado de saúde do solo, definida pela presença de microrganismos benéficos e que atualmente as pesquisas mostram ser uma das principais ferramentas no manejo de doenças”, explica.

A Giberela prospera em condições específicas de clima, com temperaturas entre 24°C e 30°C e alta umidade relativa do ar, frequentemente acompanhadas por chuvas consecutivas. Esses elementos são catalisadores para o desenvolvimento da doença, elevando o risco de epidemias e ampliando sua disseminação. Os sintomas da Giberela incluem “aristas arrepiadas” e despigmentação das espiguetas, resultando em perdas significativas na produtividade da lavoura. A grande problemática dessa doença é que os sintomas aparecem apenas no final do ciclo, até o momento não era possível detecta-la antes dos sintomas, quando não há mais nada a se fazer.

No Brasil, onde a Giberela já causou perdas superiores a 60% em áreas extremamente afetadas, a detecção precoce e as medidas de manejo adequadas são essenciais para proteger a produção de trigo.

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