Após a decisão do BC (Banco Central) em manter a Selic a 15% ao ano, o Brasil se destaca dentro do Brics — bloco de países emergentes — como o único que não realizou cortes nas taxas de juros.
Dentro do bloco, o Banco Central da Índia divulgou, na semana passada, uma redução nos juros do país, que saíram de 5,50% para 5,25%. Já o BC russo, cortou as taxas pela última vez em outubro, quando optou pela redução de 0,50 ponto, de 17,00% para 16,50%.
A China, segunda maior economia do mundo, também derrubou suas taxas para mínimas históricas em maio, com a taxa preferencial de empréstimo de 1 ano caindo para 3% e a de 5 anos para 3,5%.
Além destes, Egito, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita também adotaram cortes em suas taxas de referência.
A decisão do BC também coloca o Brasil em posição mais isolada dentro do G20. No bloco com as 20 maiores economias do mundo, apenas o Japão não reduziu juros em 2025.
O Banco Central, ao optar pela manutenção da taxa, também encerra o 3° da economia brasileira com uma taxa de juros acima de dois dígitos. O intervalo só não é maior do que o período entre 2013 a 2017, quando o país enfrentou uma forte crise econômica.
Economistas citam que o Brasil ainda enfrenta o desafio da desancoragem das expectativas de inflação, tema citado pelo Banco Central em sua decisão desta quarta.
A avaliação é de que os serviços e o mercado de trabalho aquecido continuam pressionando os preços. Além disso, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil deve injetar R$ 28 bilhões na economia no próximo ano (CNN Brasil)






