Julho é um mês especial para celebrar quem faz o agro acontecer: Dia do Colono e Motorista, Dia do Agricultor e Dia da Agricultura Familiar.
É na produção rural que tudo começa, seja com alimentos ou com matérias-primas para a industrialização. Essa importância se reflete na variedade de datas comemorativas dedicadas a quem está na base do setor. Em 25 de julho, celebramos o Dia do Colono e Motorista e o Dia da Agricultura Familiar. Já em 28 de julho, é a vez do Dia do Agricultor.
Como em outras cadeias produtivas, o setor do tabaco tem seu alicerce sustentado pela atuação dos trabalhadores do campo. Por isso, é fundamental fortalecer cada produtor, que, junto a milhares de outros, sustentam a solidez do segmento. Por meio do Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT), são promovidas diversas iniciativas voltadas à sustentabilidade das 133 mil propriedades produtoras de tabaco, a maioria delas de agricultura familiar.
Quem conhece as regiões produtoras sabe que os agricultores que cultivam tabaco preservam os recursos naturais, mantêm a produção diversificada, cultivam a própria lenha, utilizam quantidades mínimas de agrotóxicos e fazem uma gestão eficiente de suas pequenas propriedades. “Tudo isso é realizado com o apoio da indústria por meio da integração, um centenário sistema que oferece vantagens para todos os envolvidos”, conta o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing. “Essa união é fundamental para que o Brasil se mantenha como líder mundial nas exportações de tabaco”, acrescenta.
SIPT – O Sistema Integrado de Produção de Tabaco promove práticas agrícolas responsáveis e garante a venda da produção, assegurando a qualidade e rastreabilidade do produto. Para os produtores, os benefícios incluem garantia de comercialização, assistência técnica e suporte financeiro. Para as empresas, o modelo permite planejar a safra e garantir o fornecimento e a qualidade da matéria-prima. Já os clientes têm regularidade no abastecimento e rastreabilidade do produto.
Mais renda, mais qualidade de vida
A organização do setor está também diretamente ligada à renda superior obtida pelos produtores, que mesmo diversificados, têm no tabaco sua principal fonte de rentabilidade por hectare, o que assegura a sustentabilidade das pequenas propriedades familiares. Com rendimento de R$ 45.989,85 por hectare, o tabaco proporciona renda 700% superior à da soja, que é de R$ 5.755,88 por hectare. Em relação ao milho, com lucro de R$ 7.008,80 por hectare, o rendimento do tabaco é 556,3% maior. Para alcançar a renda de um hectare de tabaco, seriam necessários 7,99 hectares de soja ou 6,56 hectares de milho.
Essa superioridade na renda é confirmada também por pesquisa do Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEPA/UFRGS), que mostra que 80% dos produtores de tabaco pertencem às classes A e B, enquanto a média nacional não chega a 25%. A segunda edição da pesquisa Perfil Socioeconômico do Produtor de Tabaco da Região Sul do Brasil, publicada em 2023, aponta que esses produtores têm renda mensal média de R$ 11.755,30 e renda per capita média de R$ 3.540,75, valor significativamente superior à média nacional (R$ 1.625,00 – IBGE, 2022). Quanto ao nível socioeconômico, os produtores de tabaco se concentram majoritariamente nos estratos “A”, “B1” e “B2”. Por exemplo, 6,7% pertencem ao estrato “A”, mais que o dobro da média nacional (2,9%). A maioria (67,2%) está no estrato “B2”, mais de quatro vezes a média brasileira (16,7%).
Datas que celebram o produtor
Julho é mais do que um mês de celebrações. É um convite à reflexão sobre o valor de quem produz com responsabilidade e comprometimento. Produtores rurais – especialmente os agricultores familiares – são protagonistas de um Brasil mais forte, sustentável e competitivo. As comemorações são uma oportunidade para reconhecer e valorizar essa contribuição. Veja o que cada data representa:
25 de julho – Dia do Colono e Motorista
Criado em homenagem aos primeiros imigrantes alemães que chegaram ao Rio Grande do Sul em 1824, é uma data tradicional em diversas cidades do Sul do Brasil, com feriado municipal em várias delas. Foi oficializada em 1968.
25 de julho – Dia Nacional e Internacional da Agricultura Familiar
Estabelecida pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) em 2014, a data destaca o papel estratégico da agricultura familiar na segurança alimentar e no desenvolvimento rural. No Brasil, a Semana Nacional da Agricultura Familiar ocorre na semana do dia 24 de julho.
28 de julho – Dia do Agricultor
Instituído em 1960, no centenário da Secretaria dos Negócios da Agricultura (atual Ministério da Agricultura), o dia reconhece a importância da agricultura para a prosperidade nacional.
