Movimento quer denunciar “modelo exportador” do agro na COP30

Críticas miram monocultura e impactos de obras para logística de exportação, como a Ferrogrão.

Uma mobilização de indígenas e movimentos sociais chamada “Caravana da Resposta” quer denunciar “impactos da monocultura e dos grandes corredores logísticos” do agronegócio na Amazônia e no Cerrado durante a COP30.

Segundo informações da Agência Brasil, cerca de 300 integrantes de organizações, povos e comunidades tradicionais vão percorrer mais de três mil quilômetros pela chamada “rota da soja” entre Mato Grosso e Belém (PA), com a realização de atos públicos para se contrapor ao “modelo exportador” do agronegócio brasileiro. Segundo os organizadores, a atividade “concentra riquezas, destrói florestas e ameaça modos de vida”.

A mobilização é organizada pela Aliança Chega de Soja, uma articulação que reúne mais de 40 organizações. Entre os objetivos do movimento estão impedir a construção da Ferrogrão, projeto de ferrovia que ligaria Sinop (MT) a Itaituba (PA) para transportar grãos e reduzir custos logísticos.

O movimento critica também iniciativas para ampliar o uso de hidrovias dos rios Tapajós, Madeira e Tocantins, pede o fortalecimento da agroecologia e da pesca artesanal, e propõe um modelo de infraestrutura “voltado às pessoas, e não ao lucro”.

“Não vamos permitir que o interesse de grandes corporações destrua nossos rios e florestas. Querem transformar nossos rios em hidrovias mortas, nossas casas em corredor logístico, e entregar nossas florestas para os ricos, que ganham dinheiro com a soja, ficarem ainda mais ricos. Mas nós vamos defender nossos territórios, porque disso depende o futuro de todo mundo”, diz a liderança indígena Alessandra Munduruku, em material divulgado pela Agência Brasil neste sábado (25/10).

O percurso de 14 dias seguirá por terra — pela BR-163, importante rota de escoamento da produção agropecuária de Mato Grosso para os portos do Arco Norte — e por água, pelos rios Tapajós e Amazonas, com paradas em portos como Miritituba e Santarém.

Em Belém, os integrantes do movimento vão participar da Cúpula dos Povos e COP do Povo (Globo Rural)

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