Para Abiec, queda do preço do milho vai reduzir custo de confinamento do boi e impactar no preço final da carne.
As medidas anunciadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin para tentar reduzir os preços dos alimentos devem ter impacto nos preços da carne nos supermercados 15 dias após a publicação das medidas, segundo Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Em entrevista à CNN, ele mostrou-se satisfeito com a medida. Um dos anúncios feitos por Alckmin é zerar a tarifa de importação para alimentos como milho, azeite de oliva, carne, café e açúcar.
“Recebemos com satisfação o plano do governo, porque dará oportunidade para que insumos da cadeia produtiva da carne bovina cheguem mais baratos nos confinamentos. Um exemplo é o milho. Isso poderá dar um novo alento ao custo do confinamento do boi, com impacto direto no preço da carne nos supermercados. Acredito que em 15 dias isso já chegue nas gôndolas dos supermercados”, afirmou Perosa, que participou da reunião dia 6/3 com o vice-presidente e ministros.
ICMS dos Estados
Alckmin também anunciou um pleito para que os Estados zerem o ICMS que incide sobre itens da cesta básica. Perosa disse que esse estímulo, se for adotado pelos governos estaduais, poderá ajudar em muito na composição final dos preços. “Cada Estado tem uma situação econômica diferente, mas acho que estamos pensando como Brasil. Seria uma medida de esforço adicional dos Estados. Haja visto que o governo federal já está fazendo esse esforço, o governo estadual também poderia acompanhar e fazer esse esforço”.
Motivo da inflação
Perosa disse ainda que alta nos preços dos alimentos é reflexo da seca que provocou quebra de safra no ano passado e da alta do dólar em relação ao real. Ele vê como tendência daqui para frente uma redução nos preços, com a colheita da safra recorde de grãos e com a recente desvalorização do dólar (Globo Rural)