“Não é segredo que mastite é uma das doenças mais comuns e prejudiciais à produção de leite, gerando grandes perdas econômicas para os pecuaristas. Para evitar esse problema ou, quando está presente, minimizar os prejuízos, é preciso ter atenção especial ao manejo e controlar a enfermidade com modernas tecnologias. Caso contrário, há risco sério de custos elevados, comprometendo a rentabilidade da propriedade”, explica a zootecnista Paula Kawakami, coordenadora de produtos para grandes animais da Syntec. A mastite envolve inflamação das glândulas mamárias, que pode ser desencadeada por diversos fatores, como higiene inadequada, manipulação incorreta dos animais e falta de cuidados durante a ordenha.
De acordo com a especialista, os custos associados à mastite podem ser classificados em diretos e indiretos. Entre os diretos, destacam-se aumento do uso de medicamentos e tratamentos, além das despesas com o descarte de leite contaminado. “O leite de vacas com mastite é frequentemente descartado devido à presença de microrganismos, o que resulta em perda significativa na produção. Outro impacto é nas taxas de reprodução, já que a doença pode afetar a fertilidade dos animais”, diz Paula.
Os custos indiretos também são elevados, incluindo a qualidade ruim do leite produzido, que leva a descontos no preço pago pelos laticínios, e a menor produtividade do rebanho, uma vez que vacas afetadas pela mastite têm produção menor. “Além disso, a doença enfraquece a saúde geral do gado, tornando os animais mais vulneráveis a outras enfermidades e exigindo maior investimento em cuidados veterinários”, destaca a zootecnista.
O segredo para o sucesso é o manejo adequado para prevenir e/ou controlar a mastite. A adoção de práticas de higiene rigorosas, o treinamento correto para a ordenha e o monitoramento constante da saúde do rebanho são imprescindíveis. “Investir em programas de manejo eficientes, como sistemas de ordenha automatizados, cuidado com a saúde do ambiente de produção e acompanhamento veterinário regular, é essencial para minimizar os impactos econômicos da doença. Dessa forma, o pecuarista melhora a produtividade, a qualidade do leite e a rentabilidade da propriedade, ao mesmo tempo em que garante a saúde do rebanho a longo prazo.”