Maersk vai testar mistura de 50% de etanol em combustível marítimo

Empresa, que representa 15% do mercado mundial de transporte marítimo, busca emissões líquidas zero até 2040.

A A.P. Moller – Maersk, líder em transporte marítimo de contêineres no mundo, afirmou nesta sexta-feira (5/12) que testes iniciais para o uso de etanol em mistura de combustíveis de navios foram bem-sucedidos, anunciando a expansão das avaliações para uma mescla de 50%.

A companhia dinamarquesa vê no etanol uma opção para diversificar seu portfólio de caminhos possíveis para a descarbonização nos mares. O transporte marítimo responde, sozinho, por cerca de 3% de todas as emissões de gases do efeito estufa do planeta.

De outro lado, o eventual uso de etanol no transporte marítimo pode abrir um grande mercado para o produto. Em outubro, ao divulgar os primeiros testes com mistura de 10% de etanol em combustível marítimo, a Maersk reuniu vários executivos das maiores fabricantes do biocombustível no Brasil, o segundo produtor global após os Estados Unidos.

“Na Maersk, acreditamos que múltiplos caminhos de combustível são essenciais para que a indústria marítima atinja suas metas climáticas. Isso significa explorar conscientemente diferentes opções e tecnologias”, disse Emma Mazhari, head de Mercados de Energia da Maersk, em nota.

A empresa, que representa 15% do mercado mundial de transporte marítimo, busca emissões líquidas zero até 2040, alcançando um equilíbrio entre a quantidade de GEE emitida e o volume removido da atmosfera.

O teste inicial foi realizado em outubro e novembro, envolvendo uma mistura de 10% etanol e 90% e-metanol, confirmando que a mescla pode ser utilizada com segurança e eficácia, declarou a companhia.

Com base nos resultados obtidos, a empresa agora realiza uma nova etapa, com uma mistura de 50% etanol e 50% metanol a bordo do Laura Maersk, o primeiro navio porta-contêineres bicombustível do mundo operando com metanol.

Além do próximo teste com E50, a Maersk planeja realizar um teste usando 100% etanol.

“O etanol tem um histórico comprovado, com mercado estabelecido e infraestrutura existente, oferecendo um caminho adicional para a descarbonização. Ao aumentar gradualmente o teor de etanol, obtemos insights valiosos sobre desempenho do motor e impactos na combustão”, disse Mazhari.

Em 2021, a companhia encomendou embarcações com capacidade bicombustível. A empresa prevê que, até 2025, 19 navios do tipo estejam operando em sua frota (CNN Brasil)

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