Japão amplia compras de café brasileiro e avalia liberação de carne bovina

Ministério vai se reunir com redes de café dos EUA e Europa para destacar o produto brasileiro.

O Japão tem aumentado as compras de café brasileiro e as últimas missões governamentais entre Brasil e Japão ajudaram a fortalecer a parceria comercial, falou nesta quinta-feira (3/7) o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luis Rua. As declarações foram realizadas em Campinas (SP), durante o evento 10º Coffee Dinner & Summit, que reúne traders, exportadores e produtores do grão.

Além do café, o governo aguarda um relatório do Japão que dará sinal verde para se iniciarem as exportações de carne bovina. Será um certificado sanitário, documento internacional que dá início efetivo à exportação de matérias-primas e produtos. O secretário disse que não há previsão de entrega para que os embarques possam começar, mas que, em geral, o documento chega em dois a três meses.

Em agosto ele estará no Japão e espera que até lá os países tenham sacramentado a liberação da exportação de carne bovina do Brasil. De acordo com Ruas, o governo se apoia no status do país de livre da febre aftosa para que o Japão aprove a compra de carnes de todo território nacional, não apenas de cinco Estados.

“O que temos advogado é que com o novo status do Brasil como livre de aftosa sem vacinação é que o Japão também possa considerar os outros Estados. Agora, isso depende do que virá no relatório e do desejo dos japoneses (…) Mas isso é um passo seguinte. Primeiro, precisamos concentrar em ter um certificado sanitário”, argumentou.

Redes de café

Rua afirmou que deve encontra-se com representantes de redes de café dos Estados Unidos e de países da Europa para estabelecer relacionamentos e, quem sabe, gerar negócios semelhantes aos que foram gerados ano passado com o grupo chinês Luckin Coffee.

“Minha participação é para escutar os produtores e exportadores brasileiros, além de redes internacionais de café para que possamos avaliar oportunidades de trabalhar juntos e ter um discurso uníssono a fim de mostrar, não só para os EUA, mas para o mundo que o café brasileiro é um ativo muito importante para que as indústrias de outros países processadores de café possam agregar valor ao produto final”, disse.

Ruas acrescenta que a escuta do Ministério da Agricultura também se destina a auxiliar a indústria nacional que exporta em um processo de complementariedade nos negócios de cada região.

Na ocasião, Rua também falou à reportagem que conversas sobre tarifas norte-americanas ainda não precisaram ser feitas para nenhum produto, nem para o café. Contudo, o secretário disse que, se for preciso, o Brasil tem facilidade de diálogo com o país de Donald Trump, “ou qualquer outro parceiro comercial para trabalhar qualquer ponto que seja um irritante nas relações”.

Por outro lado, a aposta no mercado asiático não é somente para driblar as questões geopolíticas e tarifárias de países como os EUA, segundo Ruas. Ele assegura que a tentativa do governo é abrir mercados novos, direcionando esforços para entender características de regiões ainda pouco exploradas comercialmente.

Acordo com EFTA

Finalizar o acordo com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), na semana passada, representa “uma simbologia importante para evidenciar que o Brasil está aberto ao mundo”, destacou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo Rua, a conquista do setor agrícola de cotas específicas com redução tarifária aos quatro mercados que não estão no bloco da União Europeia gera expectativa de implementar o mais rápido possível a fazer imersão nesses participantes do bloco, que são: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.

Apesar de serem menores em população, possuem economias sólidas com potencial de agregar valor pago aos produtos brasileiros, disse o secretário (Globo Rural)

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