Cocamar e Lindsay oficializam parceria para fomentar programa de irrigação mitigando o impacto das variações climáticas e as perdas agrícolas
A Cocamar formalizou uma parceria com a Lindsay, companhia de atuação mundial da área de equipamentos para irrigação. O objetivo é fomentar entre os cooperados um programa destinado à irrigação das lavouras.
RETORNO GARANTIDO – “O cooperado vai pagar o investimento com o aumento da sua produção”, comentou o presidente do Conselho de Administração da Cocamar, Luiz Lourenço, ao lembrar que o governo do Estado se comprometeu, por meio de um programa, em oferecer incentivos para estimular a adesão dos produtores a esse sistema. O intuito é tornar a agricultura paranaense mais irrigada e mitigar o impacto das variações climáticas, que têm causado grandes perdas nos últimos anos ao setor e à economia estadual. “A irrigação tem retorno garantido, é necessária e vai trazer estabilidade à produção”, acrescentou.
POTENCIAL – “Fizemos um mapeamento e o Paraná tem potencial para 2 milhões de hectares irrigados”, afirmou Eduardo Navarro, vice-presidente para a América Latina da Lindsay Corporation, ao mencionar que a área irrigada no estado não chega nem a 10% disso. Projetando a irrigação como uma revolução agrícola, Navarro informou que a companhia disponibilizou 2 estruturas de pivô central e já negociou outras 22 com o governo do Paraná, que vai utilizá-las para capacitação técnica e demonstração de resultados junto aos produtores. “A Cocamar nos escolheu e nós escolhemos a Cocamar para promover essa transformação”, pontuou.
RENTABILIDADE – “Nossa proposta é atender ao cooperado para que ele tenha mais rentabilidade”, disse Juan Latorre, enquanto Bernardo Noremberg destacou que, diferente do que acontece em relação aos fenômenos climáticos, alguns fatores estão ao alcance do produtor, como investir para ter mais produtividade. “A irrigação traz mais segurança na safra de inverno”. Diego Pereira discorreu sobre o que é preciso para ter uma irrigação eficaz, lembrando que os equipamentos da marca são de fácil operação e incluem pivô móvel rebocável.
NEGÓCIOS – Thassio da Silva explicou que há negócios prospectados nas regiões da cooperativa envolvendo 40 equipamentos de pivô central e 2,5 mil hectares, espalhados por 20 unidades operacionais. “Podemos entregar o projeto mais personalizado possível, adequado à realidade do produtor”. Leandro Teixeira, explicou que a Cocamar concentra suas operações em uma região de forte transição climática, o que, invariavelmente, afeta a produtividade das lavouras. Segundo ele, só uma vez, em toda a história da cooperativa, a média regional de soja superou 130 sacas por alqueire (53,7 sacas/hectare), enquanto o milho de inverno apenas em três ocasiões foi além de 200 sacas/alqueire (82,6 sacas/hectare).
MUDANÇA DE PATAMAR – “Temos que convencer o produtor a ouvir os técnicos e investir em irrigação para que ele mude de patamar”, ressaltou Teixeira, dando como exemplo o retorno alcançado por produtores que já investiram em pivô central, caso de uma família de Doutor Camargo que, na recente safra de milho, colheu 350 sacas por alqueire sob irrigação e 240 sacas no sequeiro. “Esse é, sem dúvida, o melhor caminho, e todos só têm a ganhar”. Para Anderson Bertolleti, o programa precisa agora ganhar musculatura. “Estamos muito alinhados e felizes com a parceria”, afirmou, ao citar que a Cocamar investiu na estruturação de uma equipe altamente profissional.
GANHO – Divanir Higino, lembrou que o objetivo mais nobre da cooperativa é transferir tecnologias e conhecimentos para que o cooperado seja mais bem remunerado em seus negócios. “Com a irrigação, ele vai ter o ganho que merece e essa mudança de patamar vai promover uma transformação regional”, completando: “São duas marcas nobres, Cocamar e Lindsay, o que cria uma perspectiva muito boa de uma parceria de sucesso”.
POTENCIAL – Higino comentou que desde 2018 quando a Cocamar implementou o primeiro pivô em suas fazendas experimentais, estão sendo estudadas as melhores práticas para os cooperados extraírem o maior potencial possível desta tecnologia. “A ferramenta é excepcional tanto para solos argilosos quanto para arenosos, mas não podemos trabalhar de forma isolada”, disse, concluindo: “a proposta da cooperativa é entregar aos cooperados as melhores soluções. Isso passa pelos melhores produtos e pelo conhecimento criado e difundindo dentro da cooperativa por meio de parceiros científicos e a equipe técnica”. (Jornal Cocamar)
