A China importou 7,15 milhões de toneladas de soja em novembro, menos do que o esperado devido a uma queda nas chegadas do Brasil, mas o maior comprador mundial de sementes oleaginosas continua a caminhar para um recorde de importações no ano.
As chegadas de novembro caíram 9% em relação às 7,92 milhões de toneladas do mesmo mês do ano anterior, de acordo com cálculos da Reuters sobre dados alfandegários divulgados nesta terça-feira (10). O volume ficou abaixo das estimativas dos analistas de 7,5 a 8,5 milhões de toneladas.
A queda maior do que a esperada deveu-se a uma diminuição nas chegadas de soja brasileira antiga, disse Wan Chengzhi, analista da Capital Jingdu Futures.
Nos últimos meses, a China tem recebido mais remessas do que o normal de suprimentos dos EUA devido a preocupações com o potencial de novas tensões entre os EUA e a China que afetam o comércio agrícola.
A maior parte da soja dos EUA foi enviada para a China em outubro, disse Wan. “Considerando o tempo de envio, a soja dos EUA comprada em outubro chegará à China por volta de dezembro, portanto, o volume de importação em dezembro será maior do que em novembro.”
As importações totais de soja no período de janeiro a novembro aumentaram 9,4% em relação ao ano anterior, para 97,09 milhões de toneladas, segundo os dados da alfândega. O recorde de importação da China foi em 2020, com 100,31 milhões de toneladas de soja (Reuters)