Governo quer que Península tente reverter embargo da carne pelo Carrefour 

Gestora da fortuna da família Diniz é dona de quase 14% da rede mundial.

O governo quer que a Península, que administra a fortuna construída pelo empresário Abilio Diniz, tenha voz mais ativa no conselho do Carrefour global, que embargou a carne vendida pelo Mercosul.

A decisão afeta lojas na França e também o Brasil, onde ficam os maiores fornecedores da rede.

Assessores diretos do presidente Lula reclamam que a empresa, dona de quase 14% do capital votante do Carrefour mundial, não se mostra ativa em tentar reverter a decisão tomada pela rede. A empresa tem representantes no conselho da companhia francesa.

O Carrefour Brasil, que também tem os Diniz como acionistas, chegou a informar o ministro Carlos Fávaro (Agricultura) de que foi surpreendido pela decisão tomada pelo CEO global.

Segundo relatos, o presidente Lula quer agora que Fávaro procure a Península para tentar resolver o problema.

Procurada, a Península não quis se manifestar.

Embora seja uma questão privada, o embargo se tornou um assunto político porque envolve medidas protecionistas aos fornecedores da própria França.

A brasileira JBS, sozinha, responde por 80% do fornecimento para a rede no Brasil e é um importante fornecedor na França. Integrantes do Ministério da

Agricultura envolvidos nas discussões consideram que o Brasil será o país mais prejudicado com o boicote. (Estadão)

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